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Assembleia-geral do BPI já recomeçou

Os accionistas do banco estão reunidos em Serralves para retomar a reunião que foi suspensa no dia 22 de Julho.

Paulo Duarte
06 de Setembro de 2016 às 10:07
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A assembleia-geral do BPI já recomeçou em Serralves esta terça-feira, 6 de Setembro, depois de ter sido suspensa no dia 22 de Julho.

A reunião está condicionada pelas providências cautelares entregues pelo grupo Violas que impedem a votação da proposta da administração para a votação da desblindagem dos estatutos.

 

Neste contexto só pode ser votada a proposta do grupo Violas, que será condicionada pela limitações aos direitos de voto do banco. Exige a aprovação por três quartos dos votos expressos e, neste caso, aplicam-se os limites aos direitos de voto, ou seja, o CaixaBank só pode votar com 20% dos seus direitos.

No BPI, há um limite máximo de 20% até aos quais os accionistas podem votar – qualquer percentagem de capital acima disso não é contabilizada para efeitos de direitos de voto. A desblindagem dos estatutos do banco, isto é, a colocação de um ponto final nesta limitação, é uma condição essencial para que a oferta pública de aquisição lançada pelo CaixaBank seja bem-sucedida, segundo os termos actuais.

 

Neste momento, há um desencontro accionista entre o CaixaBank, com 45% do capital, e o Grupo Violas, com 2,6%. Este último, o maior accionista português, é contra a desblindagem e a OPA, criticando o preço oferecido pelos catalães (1,113 euros). Têm sido promovidas várias diligências pelo accionista para impedir a concretização da OPA. 

 

A grande opositora do grupo bancário que pertence ao La Caixa sempre foi Isabel dos Santos mas desde a última assembleia-geral, de 22 de Julho, onde as propostas de desblindagem de estatutos (da administração e da "holding" Violas Ferreira) não foram votadas, tem-se mantido em silêncio, deixando aquela posição para o accionista português.

 

Os calendários judiciais, relativos às decisões sobre as providências cautelares do grupo Violas (uma contra a proposta da administração, onde contra a nomeação de Carlos Castro de Osório para presidente da mesa) que ainda não chegaram, dificultam a que haja uma decisão definitiva sobre o BPI esta terça-feira.  

Em dia de assembleia-geral, o banco liderado por Fernando Ulrich não está a negociar em bolsa já que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários aguarda "informação relevante" antes de permitir, novamente, a transacção de títulos. 



(Notícia actualizada com mais informações às 10:25)

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