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Arrow de Maria Luís Albuquerque cresce em Portugal com compra da Norfin

O Grupo Arrow Global, de que a ex-ministra das Finanças é administradora não executiva e que tem a Whitestar, pagou cerca de 17 milhões de euros para ficar com a Norfin, de Brion Sanches, Relvas e Botton. O Banco de Portugal tem de aprovar.

Maria Luís Albuquerque foi convidada para administradora não executiva da Arrow Global em 2016. Bruno Simão
26 de Julho de 2018 às 12:12
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O Grupo Arrow Global vai crescer em Portugal, onde está já através da empresa de recuperação de crédito, Whitestar, com uma aquisição. O alvo é a Norfin, sociedade do ramo imobiliário que tem como accionistas João Brion Sanches, Alexandre Relvas e Felipe de Botton.

 

"O Grupo Arrow Global anunciou esta quinta-feira ter chegado a acordo com os accionistas da Norfin Investimentos S.A para a aquisição da totalidade do respectivo capital da empresa", revela um comunicado enviado às redacções esta quinta-feira, 26 de Julho.

 

A Norfin, que conta com 50 funcionários e gere cerca de 1,5 mil milhões em activos, é detida pelos seus accionistas fundadores: João Brion Sanches, que é também o presidente executivo, Alexandre Relvas e Felipe de Botton.

 

São eles que vão vender a sua participação à Arrow e, segundo um outro comunicado colocado no site oficial da companhia britânica, a aquisição tem um preço inicial de 15,1 milhões de libras o que, ao câmbio actual, representa 17 milhões de euros, sendo que há hipótese de um pagamento posterior aos vendedores, num máximo de 29,4 milhões de libras (33 milhões de euros), dependente dos resultados do negócio. O grupo diz que vai financiar a operação com recursos próprios.

 

A operação ainda terá de ser aprovada pelo Banco de Portugal, sendo que a expectativa do grupo que convidou a ex-ministra das Finanças para não executiva é a de terminar a operação no final de 2018.

Arrow ganha negócio no imobiliário

 

"Estamos muito satisfeitos por nos juntarmos à Arrow Global. Ao longo dos últimos anos, criámos um negócio cujos conhecimentos e capacidades vão permitir reforçar o crescimento do Grupo Arrow em Portugal e nas geografias onde está presente", explica João Brion Sanches, CEO da Norfin, que se mantém à frente dos destinos da empresa agora inserida no grupo multinacional britânico. A Norfin foi, por exemplo, a compradora, através de um fundo alemão, do edifício da Baixa de Lisboa vendido pelo fundo de pensões do BPI.

Na prática, há aqui o alargamento dos serviços da Arrow a uma nova área de negócios. A Whitestar é a empresa que já trabalha enquanto compradora de créditos em dificuldades, para negociação e recuperação, sendo que a Arrow conta ainda com a Gesphone no país. Portugal era um dos mercados em que o grupo não tinha presença na gestão de fundos nem no ramo imobiliário – consegue-o com a Norfin. Além do país, Reino Unido, Itália, Irlanda, Holanda e Bélgica são os mercados onde se encontra. 

 

"Este é um negócio importante para o Grupo Arrow, e especificamente para a Whitestar, dado que a Norfin representa um complemento de negócio muito relevante, aumentando as valências de asset management da Whitestar enquanto líder de mercado em Portugal. Este investimento mostra a importância que o mercado português tem para o Grupo e para as cerca de 600 pessoas que emprega no país", concretiza o presidente executivo da WhiteStar e também responsável da Arrow em Portugal, João Bugalho.

  

As acções da Arrow Global, cotadas em Londres, já estiveram a deslizar esta manhã, mas seguem a negociar nos 254 pence, uma subida de 2,42%.


(Notícia corrigida às 12:27: O CEO da Norfin chama-se João Brion, e não Brison como erradamente estava indicado)

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