O banco holandês está a preparar a sua entrada em bolsa. A oferta pública inicial (IPO, na sigla anglo-saxónica) acontece sete anos depois de ter sido resgatado, em plena crise financeira, e tem como objectivo recuperar os 22 mil milhões de euros investidos pelo Estado holandês, noticia a Bloomberg esta terça-feira, 27 de Outubro.

Esta decisão, "marca um importante passo em direcção a um novo futuro", disse Gerrit Zalm, CEO do banco, em comunicado.

Os planos do Governo passam por vender 30% do ABN Amro este ano, escreve a Bloomberg, adiantando que, segundo o Governo, o banco deverá valer cerca de 15 mil milhões de euros.

O ABN Amro está à procura de atrair investidores privados depois de ter divulgado os números referentes ao segundo trimestre, o mais lucrativo desde que foi reinventado em 2010. O resultado líquido comparável quase duplicou para 600 milhões de euros no segundo trimestre, dos 322 milhões registados no mesmo período do ano anterior, anunciou em Agosto a companhia.

O Estado holandês vai manter a quota maioritária do banco depois da IPO, ainda que planeie sair completamente da companhia com o passar do tempo, de acordo com o comunicado emitido esta terça-feira.

O Morgan Stanley, o Deutsche Bank e o ABN Amro estão a gerir a oferta pública de aquisição em parceria com o Bank of America, o Barclays, o Citigroup, o JPMorgan Chase, o ING Groep NV e o Rabobank.

As acções serão listadas na Euronext Amesterdão e todo o dinheiro auferido com esta venda irá para o Estado holandês.