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Governo holandês diz que ABN Amro será privatizado “em seu devido tempo”

A Holanda disse que o banco será privatizado através de uma oferta pública inicial quando houver estabilidade e interesse do mercado na sua entrada em bolsa. A nacionalização do ABN Amro, em 2008, já custou 28.000 milhões de euros ao Estado holandês.

Mark Rutte, primeiro-ministro da Holanda
23 de Agosto de 2013 às 19:35
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O Governo holandês acordou privatizar o ABN Amro “em seu devido tempo” e pensa colocá-lo em bolsa quando o mercado financeiro estabilizar e quando se identificar interesse suficiente na sua compra, avança o “El País”. A decisão foi anunciada pelo ministro holandês das Finanças, Jeroen Dijsselbloem, que irá rever estas condições dentro de um ano.

 

O banco, nacionalizado há cinco anos, vê-se assim mais perto de uma entrada em bolsa, sublinha o “The New York Times”. Recorde-se que em 2008, o Governo holandês resgatou o ABN Amro, depois de um consórcio o ter adquirido por 72,2 mil milhões de euros.

 

“Esta compra foi um dos piores negócios desde o início da crise e levou à nacionalização do ABN Amro e do Royal Bank of Scotland, o banco britânico que liderava o consórcio comprador”, refere o jornal norte-americano. As outras duas entidades financeiras que integraram o consórcio foram o belga-holandês Fortis e o espanhol Santander.

 

A parte do ABN detida pelo Fortis foi nacionalizada a seguir ao colapso da entidade belgo-holandesa. Manteve o nome ABN e foi re-sedeado na Holanda.

 

Após anos de reestruturação, onde se incluíram 28 mil milhões de euros do Governo holandês, o primeiro-ministro do país – Mark Rutte (na foto) – disse hoje que o banco está a preparar-se para uma oferta pública inicial (IPO). “Tentaremos obter o melhor preço possível [em torno dos 15 mil milhões de euros], mas as hipóteses de vendermos com lucro são muito baixas”, acrescentou, citado pela Reuters.

 

A potencial entrada em bolsa, dia ainda o “NYT”, não deverá ocorrer antes de 2015 e estima-se que gere uma perda sobre o investimento dos contribuintes holandeses no banco nacionalizado, segundo a mesma fonte. Já o “Financial Times” fala na possibilidade de o IPO poder ocorrer em finais de 2014.

 

O governo holandês pagou cerca de 40 mil milhões de euros para salvar o seu sector financeiro em 2008, quando providenciou injecções de capita no grupo bancário e segurador ING, na seguradora Aegon e no grupo financeiro SNS Reaal, além de ter nacionalizado o ABN Amro, relembra a Reuters.

 

O resgate do ABN Amro e das suas subsidiárias teve um custo inicial de 16,8 mil milhões de euros. Com o subsequente apoio dado pelo Estado, o custo subiu para 27,9 mil milhões, disse hoje Jeroen Dijsselbloem, que é também presidente do Eurogrupo.

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