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Abanca promete ser trampolim para “salto tecnológico” da CGD em Espanha

Além de prometer ajudar o Banco Caixa Geral a impulsionar o crescimento e a dar o "salto tecnológico", o Abanca garante querer integrar equipas e que há "baixa sobreposição" de balcões entre entidades.

DR
22 de Novembro de 2018 às 22:00
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O Abanca quer dar um novo rumo ao Banco Caixa Geral. Depois de garantir a compra do banco espanhol da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o grupo promete agora ser um trampolim não só para o crescimento, mas também para a digitalização do banco no país vizinho. Isto ao mesmo tempo que garante ir integrar as equipas, num ambiente de "baixa sobreposição" dos balcões entre as duas entidades.

 

"O Abanca pagou 364 milhões de euros pelo Banco Caixa Geral. Em qualquer caso, o preço não foi a única questão tida em conta no processo de venda. Outras questões foram consideradas, como o projecto de crescimento", mas também de "valorização dos activos" do banco da CGD em Espanha, explica o Abanca em resposta às questões colocadas pelo Negócios.

 

De acordo com o banco espanhol, esta integração, "vai significar um salto tecnológico para a entidade que comprámos, tanto ao nível da operação, como da relação com o cliente".

 

Como o Abanca avançou no comunicado divulgado esta quinta-feira, depois de o Governo ter anunciado a sua escolha para os bancos da CGD em Espanha e África do Sul, "os actuais clientes terão à sua disposição (…) uma ampla gama de produtos de valor, na qual se destaca a oferta de seguros e novas capacidades tecnológicas e de canais para operar e relacionar com o banco", nomeadamente através de "uma das apps de ‘mobile banking’ melhor avaliadas no mercado espanhol".

 

Para o Abanca, esta aquisição vai permitir "consolidar e incrementar o seu crescimento e a sua especialização em banca para empresas, abrir novas oportunidades para a comercialização de produtos de valor e acentuar o seu carácter ibérico, graças à actividade comercial entre Espanha e Portugal", referiu ainda a entidade no comunicado.

 

Esta compra junta-se a um conjunto de aquisições que o banco tem vindo a realizar nos últimos anos, nomeadamente o Deutsche Bank Portugal. E é anunciada no mesmo dia em que foi também escolhido o vencedor na corrida ao banco da CGD na África do Sul. O Capitec comprou o Mercantile Bank por cerca de 200 milhões de euros.

Quanto à possível aquisição de outras entidades em Espanha e Portugal, o Abanca diz apenas que "não comenta possibilidades" e que "esta operação, tal como a compra da unidade de banca de particulares do Deutsche Bank Portugal, faz parte de uma estratégia de crescimento em mercados e segmentos complementares ao seu projecto".

 

Fechar balcões? Há "baixa sobreposição" entre bancos

 

Além do crescimento e da digitalização, o Abanca deixa ainda outras promessas, nomeadamente relativamente aos balcões e funcionários do Banco Caixa Geral.

 

Relativamente às agências, o grupo garante que a instituição financeira detida pelo banco estatal "tem uma baixa sobreposição com o Abanca", referindo ao Negócios que "esta operação permite ampliar a nossa oferta em diferentes regiões espanholas e crescer consideravelmente na Estremadura".

 

Quanto aos funcionários, a prioridade é a integração das equipas. "Queremos incorporar no nosso projecto a maior quantidade de talento possível, pelo que contamos com tudo o que nos pode aportar a equipa do Banco Caixa Geral".

 

Nas ofertas pelo banco da CGD em Espanha, o Abanca já prometia manter a quase totalidade dos funcionários, isto apesar de estarem ambos presentes no mercado espanhol e isso poder criar redundâncias nos postos de trabalho. Com 524 funcionários, o Banco Caixa Geral está presente em 100 agências, concentradas na Galiza, Estremadura e Madrid.

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