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Volkswagen procura comprador para fábrica de mil milhões na Rússia

O gigante automóvel alemão inaugurou a fábrica na Rússia no outono de 2009. Com a invasão da Ucrânia, a Volkswagen seguiu o exemplo de várias multinacionais e suspendeu a produção no país liderado por Putin. Agora pretende desfazer-se da fábrica.

DR
19 de Outubro de 2022 às 18:14
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No outono de 2009, entre grande pompa, foi inaugurada a fábrica do grupo Volkswagen em Kaluga, um cidade industrial a cerca de 190 quilómetros a sudoeste de Moscovo. Na cerimónia, para a qual o presidente russo, Vladimir Putin, viajou de helicóptero, o então CEO do grupo alemão, Martin Winterkorn, indicava que se tratava de uma forte aposta.

A unidade, na qual o grupo com sede em Wolfsburgo investiu mais mil milhões de euros, produzia modelos como o Volkswagen Tiguan ou o Skoda Octavia.

Agora, na sequência da invasão da Ucrânia, em fevereiro, o gigante automóvel germânico quer cortar os laços com a Rússia de forma definitiva, avança esta quarta-feira o Frankfurter Allgemeine. Tal como muitas outras multinacionais, após o início do conflito, a Volkswagen suspendeu a produção e as vendas de automóveis na Rússia.

O grupo alemão encerrou também a parceria com a fabricante russa Gaz, que produzia alguns modelos da marca Volkswagen numa fábrica mais pequena em Nizhny Novgorod.

O jornal alemão diz que o grupo germânico está à procura de um investidor que queira assumir o controlo da unidade fabril. O Frankfurter Allgemeine indica que a administração da Volkswagen já não vê alternativas à saída da Rússia. "A cada escalada no conflito a probabilidade de que poderemos voltar a produzir lá novamente no futuro próximo diminui", resume um executivo do grupo alemão.

De acordo com o jornal, a lista de potenciais compradores é reduzida e inclui empresas chinesas e russas.

A Renault, o grupo automóvel ocidental com maior presença na Rússia, vendeu em maio a filial russa à autarquia de Moscovo e a participação maioritária que detinha no fabricante Avtovaz a um organismo estatal russo pelo valor simbólico de um euro. A fabricante francesa inscreveu perdas de 2,2 mil milhões de euros nas suas contas devido a essas operações.
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