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Vendas de automóveis voltam a cair na Europa e Portugal sofre segunda maior quebra
Na análise às vendas entre janeiro e outubro Portugal é dos países mais castigados pela pandemia, com as vendas a cederem 37,1% para menos de 120 mil unidades.
As restrições impostas em outubro por vários países devido ao avanço da pandemia resultaram numa nova queda nas vendas de automóveis na União Europeia no mês passado, anulando assim a recuperação registada em setembro.
De acordo com os dados da Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) que foram publicados esta quarta-feira, foram matriculados 953.615 automóveis na União Europeia em setembro, o que traduz uma quebra de 7,8% face ao mesmo mês do ao passado.
Em setembro o setor tinha assistido ao primeiro aumento homólogo nas vendas, mas a "reitrodução de restrições por parte de vários governos europeus para combater a segunda vaga da pandemia do coronavirus" levou o mercado de novo para terreno negativo, explica a ACEA em ecomunicado.
No acumulado dos primeiros 10 meses do ano a quebra das vendas na região é de 26,8% para cerca de 8 milhões de automóveis, o que traduz menos 2,9 milhões de carros vendidos face ao mesmo período do ano passado.
Na análise às vendas entre janeiro e outubro Portugal é dos países mais castigados pela pandemia, com as vendas a cederem 37,1% para menos de 120 mil unidades. Entre todos os países da União Europeia apenas a Croácia tem uma queda mais acentuada (43,5%).
Entre os principais mercados o espanhol regista o pior desempenho (-30,9%), seguido de Itália (-30,9%), França (-26.9%) e Alemanha (-23,4%).
Olhando apenas para outubro a queda nas vendas em Portugal foi de 12,6%, acima da média da UE mas abaixo do registado noutros países onde as restrições relacionadas com a pandemia foram mais acentuadas.
A ACEA que reúne 16 construtores na Europa previa, antes da pandemia de covid-19, uma queda de apenas 2% nas vendas este ano, depois de seis anos consecutivos de crescimento.