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“Um dia feliz para Mangualde e de muita esperança”

A Comissão de Trabalhadores da PSA de Mangualde recebeu em êxtase a notícia de que a fabricante da Citröen e da Peugeot vai recuperar o terceiro turno de 300 trabalhadores que tinha perdido há um ano. No entanto, em Abril de 2012 saíram 350 trabalhadores.

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22 de Fevereiro de 2013 às 18:24
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“Foi com muito agrado que recebemos hoje essa notícia numa reunião com a administração da fábrica. É um dia muito feliz para Mangualde e de muita esperança”, confessa ao Negócios, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Peugeot Citroën (PSA), Jorge Abreu.

 

O sucesso de vendas dos modelos da Citröen, o Berlingo e Partner, fazem com que a produção tenha crescido e as necessidades sejam maiores. A fábrica de Vigo da insígnia francesa, e de Magualde, funcionam como um centro de produção conjunto. Ora em Vigo, com o sucesso dos modelos Peugeot 301 e do Citröen Elysée, há uma sobrecarga de produção que levou a que algumas encomendas fossem transferidas para Portugal.  

 

A consequência é criação destes 300 novos postos de trabalho directos, com os quais a PSA passa a empregar 1.150 colaboradores "e a ter como referência uma produção de 285 veículos por dia", sendo que estes novos colaboradores "serão valorizados com 60.000 horas de formação".

 

A empresa adianta que o recrutamento "começará de imediato" e a formação "irá decorrer durante os meses de Março e Abril e a normal laboração da equipa no dia 29 de Abril".

  

Este terceiro turno tem sido volátil na história da fábrica da PSA, em Portugal, pelo que Jorge Abreu quer que “se mantenha pelo maior tempo possível”. Segundo o representante dos trabalhadores, “há a intenção da empresa em recuperar a maior parte dos trabalhadores que saíram há um ano, aproveitando o seu know-how”. Os contratos serão na maioria “temporários”.

 

Em Fevereiro do ano passado, quando a notícia do fim do turno agora recuperado foi conhecida, o  director financeiro da fábrica de Mangualde, Elísio Oliveira, explicou ao Negócios que os operários dispensados ,"grosso modo",  tinham  vínculos temporários a quem a empresa decidiu não renovar o contrato. A situação recessiva dos principais mercados de destino de exportações da empresa justificou à época  a decisão.


“Este turno foi criado em 2010, para durar seis meses e fazer face às exigências do mercado, mas acabamos por aguentá-lo 17 meses. Em Dezembro, já prevíamos ter de acabar com este turno, mas quisemos manter a equipa até ao inicio do ano para ver qual seria a conjuntura internacional”, disse Elísio Oliveira. O director financeiro sublinhou ainda que é prática na Europa trabalhar apenas em dois turnos.

 

O Negócios tentou contactar hoje Elísio Oliveira, mas tal não foi possível.

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