A Suzuki utilizou métodos inapropriados para testar a eficiência dos seus veículos. A informação foi já confirmada pela empresa esta quarta-feira, 17 de Maio, depois de terem surgido as primeiras notícias na imprensa nipónica.

Para este dia estava marcada uma reunião entre o presidente da empresa automóvel, Osamu Suzuki (na foto), e o ministro dos Transportes japonês bem como uma conferência de imprensa.

A Suzuki reconhece ter utilizado testes diferentes dos exigidos pelo governo mas descarta o cenário de "manipulação". Outra das garantias é de que os dados sobre a eficiência dos veículos não precisam de ser alterados.

Cerca de dois milhões de carros, num total de 16 modelos desde 2010, foram afectados pelas "discrepâncias" encontradas. Todos os veículos foram vendidos no Japão.

"Algumas discrepâncias foram encontradas no processo de teste das emissões e eficiência dos automóveis entre o método exigido pelo governo e aquele que a Suzuki utilizava", explicou a companhia em comunicado citado pela Reuters.

A notícia surge depois de a Mitsubishi ter admitido, em Abril, ter manipulado dados sobre a eficiência dos seus automóveis.

Nessa altura, as autoridades japonesas exigiram investigações internas às marcas automóveis nipónicas. Toyota, Nissan, Honda, Mazda e Daihatsu já informaram que não encontraram problemas.

As acções da Suzuki chegaram a cair 15%, tendo fechado o dia na bolsa de Tóquio com uma queda de 9,4%, a maior em sete anos.

A Suzuki tem um valor de mercado de 11,7 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões de euros).