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Resultados da Tesla desapontam com redução significativa da margem operacional

Apesar dos resultados abaixo do esperado, a marca de automóveis elétricos liderada por Elon Musk mantém o objetivo de entregar 1,8 milhões de veículos até ao final do ano. A primeira Cybertruck deverá ser entregue a 30 de novembro.

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, vê fortuna subir 96,6 mil milhões de dólares em seis meses.
Gonzalo Fuentes/Reuters
18 de Outubro de 2023 às 21:48
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A Tesla registou receitas de 23,35 mil milhões de dólares no terceiro trimestre do ano, uma subida de 9% face ao registado no período homólogo do ano passado. Ainda assim, os números ficam abaixo do esperado pelos analistas, que apontavam para receitas de 24,1 mil milhões de dólares. Segundo a Reuters, estes números marcam o mais lento crescimento da empresa em mais de três anos.

A fabricante de veículos elétricos, liderada por Elon Musk, que divulgou as contas esta quarta-feira depois do fecho de Wall Street, obteve lucros trimestrais ajustados de 1,85 mil milhões de dólares, o que traduz uma queda de 44% relativamente ao terceiro trimestre de 2022.

"Embora o custo de produção nas nossas novas fábricas tenha permanecido mais elevado do que nas fábricas já estabelecidas, implementámos as melhorias necessárias no terceiro trimestre para permitir novas reduções de custos por unidade. Continuamos a acreditar que um líder da indústria tem de ser um líder de custos", pode ler-se no comunicado de apresentação das contas.

A marca já tinha revelado, a 2 de outubro, os dados da produção e entrega de viaturas, tendo entregado 435.059 veículos no terceiro trimestre, uma quebra de 7% face ao trimestre anterior. A produção também recuou 10,2% face ao segundo trimestre, cifrando-se em 430.488 veículos.

A margem operacional foi de 7,6% entre julho e setembro, bastante inferior aos 17,2% registados no período homólogo. Aliás, indica a Bloomberg, é a mais baixa desde o primeiro trimestre de 2021. Ao mesmo tempo, o resultado líquido bruto caiu 22% para 4,17 mil milhões de dólares.

A redução de preços, de 6% em vários modelos no trimestre em análise, tem sido a estratégia de Musk para aumentar as vendas, dado a subida das taxas de juro e a deterioração das economias globais, que tem levado a menor procura por estes veículos.

Apesar das pressões, a empresa mantém o seu objetivo de vender 1,8 milhões de veículos em 2023. Para tal, a fabricante terá de entregar 476 mil veículos nos últimos três meses do ano. No entanto, alguns analistas ouvidos pela Reuters indicam que a Tesla poderá necessitar de baixar ainda mais os preços para atingir este objetivo, dado o aumento da concorrência e a menor procura por veículos elétricos.

A Tesla chegou a pular mais de 2% no "after-hours", depois de a marca ter anunciado, através de um tweet, que produção da Cybertruck continua a decorrer, com a primeira entrega esperada a 30 de novembro. O anúncio foi entendido como um alívio para o mercado, depois de vários atrasos na produção deste novo modelo.


A apresentação de resultados nesta quarta-feira é a primeira a ser realizada pelo novo CFO da marca, Vaibhav Taneja, depois da demissão de Zachary Kirkhorn, que esteve quatro anos no cargo, e que acabou por apanhar os mercados de surpresa.

A Tesla fechou a desvalorizar 4,78% no horário regular de negociação da bolsa, mas no "after-hours" as ações seguem a subir 0,94% para 244,96 dólares por ação.
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