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PSA de Mangualde pronta para retomar produção mas não avança data
A fábrica do grupo liderado por Carlos Tavares diz estar já pronta a retomar a produção mas não indica uma data para o regresso à atividade. A unidade industrial em Mangualde adotou mais de 100 medidas.
A fábrica da PSA em Mangualde está "pronto para retomar a atividade", mas não adianta, para já, uma data para o regresso à produção, indica a empresa em comunicado difundido esta quinta-feira.
A PSA de Mangualde, a segunda maior fábrica automóvel em Portugal, refere que implementou "medidas sanitárias reforçadas, partilhadas com a Comissão de Trabalhadores".
Segundo a empresa, "o protocolo de medidas sanitárias reforçadas", definidas pelo Grupo PSA para todas as suas unidades de produção, já está "totalmente implementado e a sua implementação foi auditada".
"Este protocolo engloba mais de 100 medidas que abrangem todas as atividades do Grupo, a nível industrial, administrativo e de Investigação e Desenvolvimento", refere o comunicado, detalhando algumas medidas.
"A título de exemplo, o protocolo desenvolvido para as instalações industriais prevê o controlo de temperatura em complemento da automonitorização de sintomas, aprovisionamento de equipamentos de proteção individual (EPI) e Kits de proteção e higiene sanitária para colaboradores, motoristas e visitantes essenciais, elaboração de plano de contingência partilhado com os representantes dos trabalhadores, redefinição de fluxos internos, marcações no solo para manutenção de distâncias de segurança, reforço dos perímetros de higiene, formação e conselhos essenciais de higiene e saúde, constituição de sala de isolamento, formação de pilotos para acompanhamento do protocolo de segurança e de saúde em cada área de produção e gestão da fábrica, etc".
Ainda assim, a fábrica não se compromete com uma data para o regresso à produção, assinalando que "o calendário para retomar a atividade, que se fará no contexto do diálogo social com a representação dos trabalhadores, ainda não está definido e terá em conta a capacidade de funcionamento permitida pelas autoridades para as empresas exercerem a atividade industrial e comercial".
Esta semana, fonte oficial do grupo tinha indicado ao Negócios que a reabertura da fábrica dependeria não só das medidas sanitárias a implementar mas também da garantia de que a cadeia de fornecedores e logística não sofreria disrupções e da procura pelos veículos.
A fábrica de Mangualde, que tem cerca de mil trabalhadores, suspendeu a produção a 18 de março. No mês passado, saíram das linhas de produção da fábrica 4.055 viaturas, uma quebra de 40% face a março de 2019.