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Procuradores investigam Volkswagen por pagamentos excessivos a representante dos trabalhadores
Os procuradores alemães estiveram na sede da Volkswagen a investigar se a construtora automóvel concordou com pagamentos excessivos ao principal representante dos trabalhadores.
Bernd Osterloh é o homem no centro de mais uma polémica que envolve a construtora automóvel germânica Volkswagen. Os procuradores alemães estiveram na sede da empresa a investigar se Osterloh, líder do comité da empresa que tem como função representar os trabalhadores, recebeu pagamentos excessivos por parte da Volkswagen, avança a Bloomberg.
A Reuters acrescenta que membros da autoridade tributária germânica estiveram também presentes nestas diligências, dado que a investigação visa perceber se também houve evasão fiscal. Tanto computadores como pastas do próprio Osterloh, além das do director financeiro, do director de pessoal e do chairman da empresa, foram alvo de investigação por parte das autoridades. A construtora automóvel já fez saber que obedeceu à lei nos pagamentos que efectuou a Bernd Osterloh.
Em Maio, de acordo com a agência Bloomberg, os procuradores tinham avançado já que a investigação estava centrada nas alegações que tanto antigos como actuais membros do conselho de administração da companhia aprovaram uma compensação elevada e inapropriada para Bernd Osterloh.
A porta-voz da construtora confirmou à Bloomberg que a investigação está relacionada com as remunerações pagas ao comité da empresa. Explicou ainda, assim como um porta-voz dos trabalhadores, que Bernd Osterloh não é pessoalmente o alvo da investigação. Ainda assim, sublinha a agência, e apesar de não ser suspeito, esta investigação surge numa altura delicada para o líder do comité da empresa, dado que pode atrapalhar os seus planos para a reeleição no próximo ano.
O salário base de Bernd Osterloh é de cerca de 200 mil euros anuais. Sendo que, o valor total mais elevado que recebeu, incluindo bónus, pode ascender a 750 mil euros, apontou um representante do executivo em Maio, citado pela agência. No ano passado, o total pago terá sido de cerca de 500 mil euros.