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Musk antecipa “recorde” de entregas na Tesla no segundo trimestre
O CEO da Tesla disse, numa nota aos funcionários, que se "derem tudo", poderão atingir um recorde de entregas no segundo trimestre deste ano.
Elon Musk antecipa que a Tesla poderá atingir um novo recorde de entregas de automóveis no segundo trimestre se "derem tudo" nestes últimos dias do mês de junho.
Numa mensagem aos funcionários, citada pela Bloomberg, o CEO da fabricante de carros elétricos começou por adiantar que "há muita especulação quanto às entregas de veículos neste trimestre". "A verdade é que estamos a caminho de estabelecer um recorde, mas será muito à justa. No entanto, se dermos tudo, conseguiremos sem dúvida fazê-lo", acrescentou.
Depois de ter feito entregas de apenas 63 mil veículos nos primeiros três meses do ano, a Tesla estimou que no segundo trimestre este número subiria para 90 a 100 mil. A previsão, contudo, não deu confiança suficiente aos investidores, e as ações da fabricante já deslizaram cerca de 34% desde o início do ano.
O atual recorde de entregas, que Musk prevê agora superar, foi fixado no último trimestre de 2018, com a entrega de 90.700 carros.
"Já temos encomendas suficientes para batermos o recorde, mas os carros certos ainda não estão todos nos locais certos", explicou Musk, na mesma nota aos funcionários. "A logística e a entrega final são extremamente importantes, além de encontrar procura para variantes de veículos disponíveis localmente, mas que não conseguem chegar às pessoas que pediram essa variante antes do final do trimestre".
De acordo com a Bloomberg, o preço-alvo médio dos analistas para os títulos da Tesla caiu de 342,84 dólares, no início do ano, para 269,39 dólares atualmente. 16 analistas recomendam vender as ações, enquanto oito recomendam manter e 12 vender.
Alguns dos céticos da Tesla, incluindo David Tamberrino, do Goldman Sachs, estão a avisar que, embora as entregas possam superar o limite inferior do guidance da empresa para o segundo trimestre, a boa performance pode não ser sustentável.
"Acreditamos que será retomada uma trajetória descendente das ações à medida que se torne mais claro que a procura sustentável pelos produtos da empresa está abaixo das expectativas", escreveu Tamberrino numa nota de análise na semana passada.