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Mazda, Suzuki e Yamaha admitem falhas em testes de emissões

A Mazda, Suzuki e Yamaha admitiram falhas nos testes de consumos de combustível e de emissões poluentes aos seus veículos, indicou esta quinta-feira o Ministério dos Transportes japonês. Responsáveis das três fabricantes já admitiram os erros e pediram desculpa pelo sucedido.

09 de Agosto de 2018 às 12:25
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As conclusões decorrem de investigações internas ordenadas pelo ministério aos fabricantes automóveis nipónicos após serem detectados testes feitos de forma incorrecta na Subaru e Nissan. 


Responsáveis das três fabricantes já admitiram os erros e pediram desculpa pelo sucedido.

No caso da Suzuki, foram identificados testes com erros em 6.401 dos 12.819 veículos analisados na investigação, que remontou a testes desde 2012. A Mazda detectou testes incorrectos em 72 de 1.875 veículos, desde 2014, e a Yamaha identificou sete casos em 335, desde 2016.

"Quanto às inspecções de emissões… é verdade que houve acções impróprias. Pedimos sinceras desculpas", afirmou um porta-voz da Yamaha citado pela CNBC.

O presidente da Suzuki, Toshihiro Suzuki, pediu desculpas numa conferência de imprensa. "É significativo que um número tão elevado dos nossos produtos tenham sido processados de forma imprópria e levamos isso muito a sério. Pedimos desculpa", afirmou.

Um responsável da Mazda assegurou que não houve alterações deliberadas dos dados e que os testes incorrectos não afectam a qualidade dos veículos. "A empresa leva muito a sério o incidente e vai garantir que este tipo de incidentes não volte a ocorrer", referiu.

A Mazda Portugal assegurou, através de comunicado enviado ao Negócios, que "não se registou nenhuma alteração ou falsificação de dados de teste impróprias em qualquer dos métodos [de teste JC081 e WLTC2]" e refere que "dados de teste contendo erros de detecção de velocidade foram encontrados em 72 casos, de um total de 1.472 veículos testados sob o método JC08. Foram identificadas duas razões para esses erros. Em primeiro lugar, o sistema não foi criado para invalidar automaticamente os resultados quando ocorre um erro de detecção de velocidade. Em segundo lugar, os procedimentos de teste deixam a determinação da velocidade de detecção de erros a cargo de cada inspector individualmente".

A marca frisa que "todos os dados de teste foram reexaminados e os resultados demonstram que não tiveram efeito na especificação dos valores de consumos de combustível e de emissões. Esses mesmos casos não foram encontrados em testes segundo o método WLTC".

A fabricante nipónica "aceita terem existido erros num pequeno número de testes mas a situação foi identificada rapidamente, tendo sido implementadas medidas para evitar que isso volte a acontecer no futuro".


As acções da Yamaha recuaram 4,63%, enquanto as da Mazda perderam 1,30% e as da Suzuki caíram 6,04%, a maior queda desde finais de 2016.

Em Julho, a Nissan admitiu erros na medição dos consumos de combustível e emissões poluentes em 19 modelos de veículos vendidos no Japão.

(Notícia actualizada às 12:18 com reacção da Mazda Portugal)

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