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Grupo alemão abre centro de engenharia de 5 milhões em Ponte de Lima

O grupo alemão ZF abriu hoje, em Ponte de Lima, um centro de engenharia que representou um investimento de cinco milhões de euros e implicou o recrutamento de 38 engenheiros e técnicos especializados.

A ZF reclama a liderança mundial em tecnologia de transmissão e chassis, além de tecnologia de segurança activa e passiva.
07 de Fevereiro de 2017 às 14:38
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Segundo o administrador do centro de engenharia da multinacional alemã, Alexandre Marques, o novo centro "foi comparticipado em cerca de quatro milhões de euros pelo Portugal 2020", a que acresce o investimento na construção do edifício, orçado em cerca de "um milhão de euros".

 

O responsável, que falava aos jornalistas durante a abertura do centro de Investigação e desenvolvimento (I+D), instalado na zona industrial da Gemieira, onde o grupo detém uma fábrica de componentes automóveis, adiantou que para este novo projecto foram "recrutados 28 trabalhadores, entre engenheiros e técnicos especializados", sendo que, no total, em Ponte de Lima a multinacional emprega 65 trabalhadores.

 

Trata-se do segundo centro de engenharia que o grupo ZF, que afirma ser "dos maiores fornecedores de componentes para a indústria automóvel de todo o mundo", detém no distrito de Viana do Castelo. O primeiro entrou em funcionamento, em 2001, em Vila Nova de Cerveira.

 

"Neste novo centro temos cerca de 65 trabalhadores e, em Vila Nova de Cerveira, temos 40. Este ano vamos recrutar mais 30 colaboradores, entre eles, mais engenheiros e pessoal especializado", adiantou. Temos actualmente 105 e contamos atingir os 130/135 até final deste ano. Cerca de 60% destas pessoas são provenientes da Universidade do Minho", explicou.

 

O novo centro "está vocacionado para o desenvolvimento, prototipagem e teste de módulos de 'airbag' e componentes têxteis".

 

"Neste centro fazermos a investigação dos materiais para 'airbag' e produzimos o próprio 'airbag' na fábrica que temos aqui na zona industrial da Gemieira. Em Vila Nova de Cerveira fazemos o mesmo trabalho, mas relacionado com volantes. Há uma gestão única dos dois centros porque há recursos de departamentos transversais que trabalham em conjunto", especificou.

 

Alexandre Marques adiantou que os componentes produzidos em Ponte de Lima destinam-se, entre outros, aos mercados nacional, China, Polónia, México e EUA.

 

O secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Ferreira, que presidiu à abertura do empreendimento, sublinhou que o novo centro "faz parte do investimento na investigação e desenvolvimento que Portugal quer atrair cada vez mais".

 

"É importante por criar valor, novas linhas de procedimentos e novos produtos que trazem inovação à produção nacional e que nos dá capacidade para competir num mundo cada vez mais globalizado", frisou.

 

O governante destacou ainda a importância da nova estrutura "como forma de fixar recursos humanos qualificados, formados na Universidade do Minho".

 

"É um bom exemplo de como deve ser catalisado esse tipo de relacionamento, entre empresas e universidades", disse.

 

O presidente da Câmara de Ponte de Lima, Victor Mendes, referiu que o grupo ZF "é o maior empregador e o maior exportador do concelho e um dos maiores do Alto Minho".

 

"Acima de tudo, com este centro, passa a ser também o maior exportador de conhecimento para todo o mundo", realçou.

 

A ZF reclama a liderança mundial em tecnologia de transmissão e chassis, além de tecnologia de segurança activa e passiva. A empresa tem cerca de 137.000 trabalhadores em 40 países.

 

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