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De olho no futuro, fabricantes de peças automóveis reinventam a roda

A indústria automóvel está a reinventar a roda de olho na era dos veículos autónomos.

Reuters
21 de Julho de 2019 às 16:00
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A japonesa Sumitomo Rubber Industries, cujas raízes remontam à época quando Henry Ford 
criou o seu Model T, está a desenvolver um "pneu inteligente" que monitoriza a própria pressão de ar e temperatura e que, no futuro, responderá sozinho às mudanças de condições das estradas.

 

No entanto, as mudanças não se resumem aos pneus. A Koito Manufacturing, AGC e Lear agora inserem semicondutores e sensores em faróis, vidros e assentos para torná-los tão inteligentes como os carros autónomos.

 

A Waymo, da Alphabet, a Mobiley, da Intel Corp, e o Baidu dominam a principal tecnologia de direção autónoma, mas outros fornecedores ainda esperam conseguir uma fatia desse mercado. As peças automóveis para sistemas avançados de assistência ao motorista e direção autónoma devem gerar vendas de 57 mil milhões de dólares numa década, segundo dados da BIS Research, e empresas tradicionais sabem que precisam de se adaptar ou correm o risco de extinção.

 

"A direção autónoma é um desafio para as fabricantes, mas é um desafio ainda maior para fabricantes de peças automóveis convencionais", afirmou Zhou Lei, sócio da Deloitte Tohmatsu Consulting, em Tóquio. "Elas estão a esforçar-se para se tornarem os ‘cinco sentidos’ do veículo e, assim, continuarem a ser relevantes."

 

Fabricantes divulgaram mais de 14 mil milhões de dólares em investimentos em empresas de tecnologia autónoma e de mobilidade desde 2010, segundo dados compilados pela BloombergNEF. A Toyota Motor lidera essa lista, com investimentos de cerca de 3 mil milhões de dólares.

 

Embora a implantação de frotas comerciais altamente autónomas não deva começar pelo menos até 2022, a ameaça iminente é que designs cada vez mais sofisticados desses carros tornem algumas peças desnecessárias, assim como os seus fornecedores.

 

Por exemplo, porque é que um veículo autónomo que usa câmaras, lasers e sensores para se mover precisaria de faróis ou espelhos?

 

A resposta da Koito Manufacturing, fundada há 100 anos, é reinventar o farol. A empresa de Tóquio, que em 1912 fabricava lentes para lâmpadas de sinalização ferroviária, está a incorporar sensores e chips de inteligência artificial às lâmpadas que planeia lançar volta de 2025.

 

(Texto original: They’re Actually Reinventing the Wheel to Keep Up With Robocars)

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