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Covid-19 já custou 1,2 milhões de veículos produzidos a fábricas na UE

O encerramento das fábricas de automóveis na UE e Reino Unido devido à pandemia da covid-19 está a afetar 1,1 milhões de trabalhadores e já representa uma quebra de produção na ordem dos 1,2 milhões de veículos. Em Portugal são 7.171 trabalhadores atingidos e menos 18.117 veículos produzidos.

João Cortesão
31 de Março de 2020 às 16:09
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O impacto da pandemia da covid-19 no setor automóvel europeu assume proporções cada vez maiores. O encerramento das fábricas de produção de automóveis na União Europeia (UE) e Reino Unido afeta atualmente pelo menos 1.110.107 trabalhadores e já levou a que deixassem de ser produzidos 1,23 milhões de veículos, indica esta terça-feira a Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA).

 

A associação refere que as fábricas de produção de automóveis representam 2,6 milhões de empregos diretos e existem 229 fábricas de produção e montagem de veículos. Considerando o setor automóvel de forma alargada, incluindo por exemplo a indústria de componentes, o setor emprega 13,8 milhões de pessoas na União Europeia.

 

"Neste momento, a principal preocupação da ACEA e de todos os seus membros é gerir a crise imediata que a indústria automóvel enfrenta, tendo basicamente parado subitamente, algo que o setor nunca viveu anteriormente", refere o diretor-geral da associação europeia, Eric-Mark Huitema, citado no comunicado.

 

Portugal com 7.171 trabalhadores afetados

A ACEA fornece dados sobre cada país e, no caso de Portugal, o número de trabalhadores afetados é estimado em 7.171, o quarto número mais baixo entre os 18 países que possuem fábricas de produção ou montagem de veículos.

 

A paragem das fábricas já se traduziu numa quebra da produção na ordem dos 18.117 veículos em Portugal, refere ainda a ACEA.

 

Portugal, recorde-se, atingiu um recorde histórico de produção automóvel no ano passado, com 345.704 veículos, assumindo o estatuto de país produtor automóvel, ou seja com mais de 300 mil viaturas produzidas anualmente.

 

Alemanha, França e Espanha mais atingidas

A Alemanha é o país mais atingido pelo encerramento das fábricas, com 568.518 trabalhadores afetados, ou seja mais de metade do total da UE e Reino Unido.

 

Em termos de emprego, seguem-se a França, com 90 mil trabalhadores, Itália (69.342) e Suécia (67 mil).

 

Já a redução nos veículos produzidos é mais pronunciada na Alemanha, com uma perda de quase 360 mil unidades, seguida da Espanha, com perto de 238 mil veículos. Em França a quebra cifra-se em 113,2 mil viaturas e em Itália o decréscimo é de 78,4 mil.

 

No Reino Unido, os empregos afetados são 65.455 e o número de veículos não produzidos é estimado em 94,7 mil.

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