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Costa: "Portugal tem que acompanhar a evolução para continuar a ser um cluster da indústria automóvel"
No lançamento do novo centro digital da Mercedes o primeiro-ministro disse que o Governo quer que 18 mil licenciados em áreas com pouco emprego sejam reconvertidos em programadores.
António Costa defende que Portugal tem de ir mais além da construção de automóveis e deve apostar também no desenvolvimento de soluções digitais para o sector. Na apresentação do centro de competências digitais da Mercedes em Lisboa esta terça-feira, 9 de Maio, o primeiro-ministro sublinhou que os engenheiros portugueses já não têm de sair do país para encontrar trabalho.
"Portugal transformou-se num cluster da indústria automóvel com base no fornecimento das peças tem agora que acompanhar a sua evolução, se quiser continuar a ser um cluster da indústria automóvel", disse António Costa.
"Temos que continuar a ser os melhores na produção de moldes, na injecção de plásticos e de metais, na capacidade de assemblagem, na produção das viaturas, mas temos também de ser os melhores na prestação de serviços digitais. Hoje subimos um patamar na cadeia de valor da nossa participação na indústria automóvel à escala global", afirmou o primeiro-ministro.
O centro de fornecimentos de serviços digitais e de soluções globais de software da Mercedes a nível mundial, com o nome de 'Digital Delivery Hub', arrancou no início de Maio em Lisboa e já conta com 10 trabalhadores devendo recrutar mais 115 até final de 2018.
O primeiro-ministro anunciou que o Governo vai desenvolver um programa para reconverter licenciados em áreas com baixa empregabilidade em programadores. "Temos um programa de desenvolvimento das competências digitais. Queremos combater a info-exclusão de 50 mil pessoas até 2020 e queremos reconverter em competências de programação 18 mil licenciados em áreas de baixa empregabilidade até 2020".
No seu discurso, António Costa disse que Portugal está a assistir ao encerramento de um "ciclo em que os nossos melhores engenheiros tinham de emigrar a procura de trabalho, para um ciclo onde os melhores postos de trabalho chegam a Portugal para aproveitar a excelência dos engenheiros que nos temos no país".