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"Compras de vingança": Lamborghini já tem carteira de encomendas deste ano quase completa

Após meses de confinamento, as encomendas dos bólides da marca italiana dispararam e a carteira para 2021 está praticamente esgotada.

12 de Junho de 2021 às 20:00
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A Lamborghini disse que está com a carteira de encomendas quase completa para este ano. Com os melhores dados da pandemia em alguns países, consumidores vão às compras depois de meses confinados em casa, num fenómeno já designado de "compras de vingança" (revenge shopping).

A marca italiana de supercarros deve registrar "forte crescimento" em 2021 e já vendeu cerca de 10 meses da capacidade de produção, disse o CEO da empresa, Stephan Winkelmann, em entrevista durante o Milano Monza Motor Show. A unidade da Volkswagen exibiu o Huracan STO ao ar livre nos arredores da catedral Duomo, no centro global da moda.

"Apesar de uma paralisação de dois meses devido à pandemia, a Lamborghini encerrou 2020 com o seu segundo melhor ano de todos os tempos", disse Winkelmann, enquanto multidões se aglomeravam ao redor de mais de 60 marcas em exibição, entre elas Ferrari, Porsche e McLaren, num sinal de retoma da normalidade em grandes cidades como Milão. As entregas da Lamborghini aumentaram quase 25%, para um nível recorde no primeiro trimestre.

Embora ainda haja procura por carros de alto desempenho como o Aventador, a Lamborghini também embarca na transição para eletrificar a sua gama. A empresa destinou um recorde de 1,5 mil milhões de euros para oferecer versões híbridas plug-in de cada modelo até 2024 e tem planos para lançar um primeiro veículo movido exclusivamente a bateria durante a segunda metade da década. Fabricantes de supercarros como Ferrari e Lamborghini demoraram a aderir aos veículos elétricos devido à tradição de modelos com motores potentes.

"A Lamborghini não quer ser pioneira a todo custo", disse Winkelmann. "Na eletrificação, precisamos escolher o momento certo, quando acharmos que o mercado está pronto e acharmos que podemos realmente ser os melhores."

No final do ano passado, a Volkswagen encerrou os planos de possível venda ou entrada em bolsa da Lamborghini para se concentrar na divisão Audi e Porsche, o seu principal motor de lucro. Winkelmann reiterou que a marca não está à venda após a notícia no mês passado de que a Volkswagen teria recebido uma oferta de 7,5 mil milhões de euros. Segundo o executivo, não há planos de cotar a Lamborghini, que aumentou a receita em 5,4%, para 509 milhões de euros no primeiro trimestre.
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