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Carlos Tavares: "Não sou contra a proibição dos motores de combustão em 2035"

A Stellantis quer manter o objetivo da União Europeia de proibir efetivamente a venda de novos carros a gasolina e a diesel a partir de 2035, diz o gestor, mas lembra que são necessários subsídios que apoiem a transição.

DR
Negócios com Reuters 25 de Fevereiro de 2024 às 11:18
O construtor automóvel franco-italiano Stellantis quer manter o objetivo da União Europeia de proibir efetivamente a venda de novos carros a gasolina e a diesel a partir de 2035, disse o diretor executivo Carlos Tavares numa entrevista ao jornal alemão Welt.

Os comentários de Carlos Tavares surgem numa altura em que os políticos e os profissionais da indústria automóvel argumentam que uma eventual mudança para a direita no Parlamento Europeu, após as eleições de junho, poderá levar a uma revisão ou retirada da proibição.

"Não sou de modo algum contra a proibição dos motores de combustão em 2035. Apoio esta exigência", declarou Tavares.

"Mas é preciso ser pragmático para fazer a transição", acrescentou o gestor português. "Caso contrário, o dogmatismo falhará perante a realidade e esta transição será muito dispendiosa para os contribuintes e não necessariamente eficiente para o planeta", sublinhou.

As metas, aprovadas pelos legisladores da UE em fevereiro de 2023, exigem que, até 2035, os fabricantes de automóveis atinjam uma redução de 100% nas emissões de CO2 dos automóveis novos vendidos, o que tornaria impossível a venda de novos veículos movidos a combustíveis fósseis no bloco de 27 países.

No entanto, no entender de Carlos Tavares os subsídios continuam a ser necessários para atingir este objetivo, uma vez que a tecnologia continua a ser demasiado cara.
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