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A Ford Motor Co. Considera que a transição para carros elétricos será prejudicada caso o Reino Unido prossiga com a sua decisão de adiar a proibição de venda de carros a gasolina e a diesel, conforme o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou nesta semana.
Em comunicado, Lisa Brankin, presidente da Ford Reino Unido, referiu que "o nosso negócio precisa de três coisas do Governo do Reino Unido: ambição, empenho e coerência. Um relaxamento relativo ao objetivo de 2030 prejudicaria estes três aspetos". E acrescentou que é necessário que "a política se concentre no reforço do mercado de veículos elétricos a curto prazo e no apoio aos consumidores perante ventos contrários fortes".
A responsável destaca que este retrocesso prejudica a indústria que está a investir na eletrificação automóvel. Nomeadamente, a Ford anunciou um compromisso global de 47 mil milhões de euros para a eletrificação, lançando nove veículos elétricos até 2025. Esta gama é apoiada por 496 milhões de euros investidas nas instalações de desenvolvimento e fabrico da Ford no Reino Unido, estando previsto mais financiamento para o período de 2030.
"Há três anos, o Governo anunciou a transição do Reino Unido para a venda de automóveis e carrinhas novos elétricos a partir de 2030. A indústria automóvel está a investir para responder a esse desafio", referiu, sublinhando que "esta é a maior transformação da indústria em mais de um século".
Recorde-se que Rishi Sunak anunciou que o Reino Unido vai prolongar por mais cinco anos, até 2035, a venda dos automóveis com motores de combustão e abandonar outras medidas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE).
Rishi Sunak muda assim o prazo estabelecido há três anos pelo seu antecessor, Boris Johnson, que queria proibir a venda de veículos novos movidos exclusivamente a gasóleo ou gasolina a partir de 2030 no país.
O atual chefe do Governo britânico considera que é necessário ser "honesto com a população sobre as escolhas difíceis e os sacrifícios em causa". "Não é justo que Westminster imponha custos tão significativos aos trabalhadores, especialmente aos que já estão a lutar para fazer face às despesas, e interfira tanto no estilo de vida das pessoas", sublinhou.
Ainda assim, Sunak mantém a promessa de reduzir as emissões de GEE do Reino Unido para atingir a neutralidade carbónica até 2050.