Notícia
Autonomia das baterias vai duplicar
A corrida ao carro eléctrico fez acelerar a tecnologia de baterias. A partir de 2011, a autonomia das baterias irá duplicar face aos valores actuais , garante Carlos Tavares, CEO da Nissan Motor. Nos últimos anos, a tecnologia e o tipo de baterias eléctricas usadas...
15 de Junho de 2010 às 12:35
A corrida ao carro eléctrico fez acelerar a tecnologia de baterias. “A partir de 2011, a autonomia das baterias irá duplicar face aos valores actuais”, garante Carlos Tavares, CEO da Nissan Motor.
Nos últimos anos, a tecnologia e o tipo de baterias eléctricas usadas pela indústria automóvel mudou radicalmente, Da bateria de chumbo, o sistema mais antigo e barato, com tempos de carga até 16 horas para autonomias de 125 quilómetros, o automóvel eléctrico passou para as baterias de Níquel-Metal (e em particular Níquel-Cádmio), recarregáveis em menos tempo, mas com um efeito memória muito vincado, o que reduz o seu rendimento e o número de vezes de carga. O níquel usado nestas baterias é mais leve que o chumbo das baterias de 12 volts, o que garante um melhor desempenho energético por Kg de peso. Mas o custo deste tipo de baterias é cerca de quatro vezes superior ao das baterias de chumbo.
Mais recentemente, impuseram-se as baterias de ião lítio, já usadas como standard na electrónica de consumo. São mais leves e com maior densidade energética que quaisquer outros tipos de baterias, o que as torna ideais para a utilização nos computadores portáteis, telefones móveis e noutros equipamentos portáteis. As baterias de iões de lítio estão agora a impor-se na actual geração de veículos 100% eléctricos, incluindo os novos híbridos Plug-in, com possibilidade de carga por ligação a uma vulgar tomada de electricidade doméstica. Não há apenas um tipo de baterias de iões de lítio, que podem ser associados a fórmulas com fosfato, com manganésio ou com cobalto, com diferentes resultados em termos de tempos de carga, segurança e densidade energética. É aqui que se joga hoje a batalha do carro eléctrico. “Há grandes desafios técnicos pela frente e ainda estamos a tentar que a tecnologia de iões de lítico se ajuste as aplicações de alto volume do automóvel”, explica Ted Miller, da Ford. “Já sabemos que vamos ter de adaptar o tipo de baterias de iões de lítio que usamos nos telemóveis às maiores exigências da indústria automóvel (...). E também já sabemos que a variante de baterias usada nos laptops e noutros equipamentos móveis é completamente desajustada para automóveis”, adianta.
As baterias de automóveis têm um trabalho muito mais duro que as dos computadores portáteis ou dos telemóveis. Os carros tem de trabalhar a temperaturas extremas, de resistir a mais choques e vibrações e tem taxas de utilização de energia muito mais elevadas que as dos equipamentos electrónicos que temos em casa. “Além disso, uma bateria automóvel deve ter uma vida útil de pelo menos dez anos, algo que os proprietários de telefones móveis e laptops não esperam destes equipamentos. Para já, a investigação neste campo prossegue a um bom ritmo. Mas conseguirá cumprir a profecia de Carlos Tavares?
Nos últimos anos, a tecnologia e o tipo de baterias eléctricas usadas pela indústria automóvel mudou radicalmente, Da bateria de chumbo, o sistema mais antigo e barato, com tempos de carga até 16 horas para autonomias de 125 quilómetros, o automóvel eléctrico passou para as baterias de Níquel-Metal (e em particular Níquel-Cádmio), recarregáveis em menos tempo, mas com um efeito memória muito vincado, o que reduz o seu rendimento e o número de vezes de carga. O níquel usado nestas baterias é mais leve que o chumbo das baterias de 12 volts, o que garante um melhor desempenho energético por Kg de peso. Mas o custo deste tipo de baterias é cerca de quatro vezes superior ao das baterias de chumbo.
As baterias de automóveis têm um trabalho muito mais duro que as dos computadores portáteis ou dos telemóveis. Os carros tem de trabalhar a temperaturas extremas, de resistir a mais choques e vibrações e tem taxas de utilização de energia muito mais elevadas que as dos equipamentos electrónicos que temos em casa. “Além disso, uma bateria automóvel deve ter uma vida útil de pelo menos dez anos, algo que os proprietários de telefones móveis e laptops não esperam destes equipamentos. Para já, a investigação neste campo prossegue a um bom ritmo. Mas conseguirá cumprir a profecia de Carlos Tavares?