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Adeus Land Rover Defender. Foram 70 anos todo-o-terreno
A Jaguar Land Rover anunciou o fim da produção do Defender. O jipe passa a ser um pedaço de história já no início do próximo ano. Sem a certeza, contudo, que este seja o ponto final na sua história.
Transportou soldados na Guerra da Coreia, voluntários da Cruz Vermelha ou até mesmo Lara Croft no filme Tomb Raider. Nem a rainha de Inglaterra, Elizabeth II, lhe resistiu.
Mas o Land Rover Defender não superou o teste do tempo. E, a partir de Janeiro do próximo ano, vai deixar de ser produzido. É o fim de uma história com sete décadas – 68 anos, para ser mais preciso – em que pouco ou nada mudou.
As mesmas placas de alumínio, o mesmo pára-brisas sem inclinação, o mesmo suporte no tecto. E, na porta traseira, o mítico pneu sobressalente. Pronto para todo o tipo de terrenos, até os mais difíceis.
Os tempos de ouro parecem ter ficado na década de 70, onde o modelo chegou a vender mais de 56 mil unidades por ano. Em 2015, não passará das 20 mil. Desde o arranque do novo milénio, a tendência de quebra é uma constante.
O símbolo britânico, produzido na fábrica de Solihull, tornou-se anacrónico. Sem conectividade móvel ou "airbags", só para exemplificar. Nick Rogers aprendeu a conduzir num Defender. "É hora de mudar para um novo capítulo", anunciou o responsável de engenharia da Jaguar Land Rover.
A dar-se, a sequela pode passar por um relançamento deste modelo, seguindo um caminho semelhante à da marca Mini. Se a força da competição não facilita, é preciso também conquistar um público que se estende além dos proprietários rurais. A empresa ainda não garantiu se este será o caminho.
É difícil classificar se este é um final feliz ou não. Em 68 anos chegaram às estradas do mundo dois milhões de Land Rover Defender. A certeza é de que o imaginário aventureiro nunca mais foi o mesmo depois destas quatro rodas.