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Grupo José de Mello cria "holding" para negócio do vinho e quer estar no top 3 até 2030

A Winestone, nova área do negócio do vinho do Grupo José de Mello, adquiriu quintas no Douro e a Krohn, conhecida pelos seus vinhos do Porto. Objetivo é chegar ao pódio dos produtores nacionais e vender 60% para o exterior em 2030.

Pedro Pereira Gonçalves é o CEO da Winestone.
Alexandre Azevedo
Diana do Mar dianamar@negocios.pt 17 de Outubro de 2023 às 15:34

O Grupo José de Mello constituiu uma nova plataforma de negócios dedicado ao "estratégico" setor do vinho, denominada de Winestone, cujo portefólio inclui, além da Ravasqueira, duas recentes aquisições, aspirando tornar-se no terceiro maior operador, com uma faturação superior a 60 milhões de euros, em 2030.

Até ao final da década, a ambição passa por chegar ao top 3 "em termos de dimensão" como operador, com uma taxa média anual de crescimento a dois dígitos. Como? Por via de aquisições, mas também pelo próprio crescimento orgânico, adiantou o presidente executivo, Salvador de Mello, durante a apresentação da "novidade".

E essa primeira parte já começou a ganhar forma, dado que recém-criada gestora de ativos efetivou as primeiras compras, alargando o portefólio do grupo na área dos vinhos até agora, circunscrito à Ravasqueira, empresa de vinhos que pertence à família há 80 anos, que estava de fora do perímetro de consolidação e que gerou, no ano passado, proveitos de 21,2 milhões de euros, mais 17% do que em 2021.

Quinta do Retiro Novo, Quinta do Côtto e Paço de Teixeiró e Krohn figuram como as "novidades" da carta de vinhos do Grupo José de Mello que não só diversificou geograficamente - indo além de Arraiolos, no Alentejo, onde fica a Ravasqueira - como, consequentemente, em termos de novas categorias de vinhos.

No mapa da expansão ganha destaque o Douro, tendo a Winestone adquirido a Quinta do Retiro Novo e ficado com a gestão da Quinta do Côtto (que serve de "complemento" e resulta antes de uma operação "mista", com um contrato de exploração acompanhado da compra de apenas "alguns" ativos), sobressaindo ainda região dos vinhos verdes (Paço de Teixeiró, em Baião), destacando-se ainda a compra da marca secular Krohn, conhecida pelos seus vinhos do Porto.

Como explicou o CEO da Winestone, Pedro Pereira Gonçalves (na foto), que, na última década, esteve à frente da Ravasqueira, este portefólio vem permitir ampliar a capacidade de produção em "mais do dobro" para 300 hectares de vinhas (100 geridas diretamente e 200 indiretamente), estimando-se que, para alcançar os objetivos traçados para 2030 ao nível do volume de negócios, seja preciso que estejam sob alçada da Winestone "300 a 400 hectares".

Mas, como ressalvou, a dimensão da área é "dinâmica", dado que há "especificidades" desde logo relacionadas com os tipos de marca.

Para 2030, além de chegar ao top 3, outro objetivo passa por exportar 60% das vendas principalmente para mercados como Estados Unidos, Brasil, Reino Unido, Canadá e Alemanha.

"O nosso principal objetivo é desenvolver uma estratégia de crescimento com ambição, consistência e sustentabilidade, numa perspetiva de longo prazo, para conseguirmos produzir e comercializar vinhos de qualidade em todas as regiões em que estamos presentes, com marcas admiradas pelos consumidores dos diferentes segmentos, no mercado nacional e com impacto nos mercados internacionais", afrmou Pedro Pereira Gonçalves.

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