Notícia
Primeiro-ministro belga propõe seguro para cobrir flutuações nos preços agrícolas
Os agricultores europeus saíram à rua nas últimas semanas, bloqueando estradas com tratores e fardos de palha, exigindo a flexibilização da PAC e mais apoios para o setor, em ações que já levaram os governos a adotar novas medidas.
04 de Fevereiro de 2024 às 18:28
O primeiro-ministro da Bélgica propôs hoje a criação de um seguro, com contribuições de todos os intervenientes na cadeia alimentar, para proteger os agricultores das flutuações de preços que lhes são pagos pelos intermediários.
"Essa cadeia inclui o agricultor, o processador de alimentos e o distribuidor. Todos deveriam ser capazes de obter um lucro decente, mas hoje os agricultores estão do lado onde se obtém muito pouco lucro", lamentou Alexander de Croo durante uma entrevista concedida ao canal de televisão VTR.
O governante referiu que as oscilações dos preços dos legumes ou das frutas são tão grandes que às vezes podem chegar aos 100% e se uma grande empresa já tem dificuldades com isso, um pequeno agricultor tem ainda mais.
A ideia é que o mecanismo de solidariedade, ou seja, o seguro "seja uma almofada" que garanta que as variações dos preços de mercado não recaem inteiramente sobre o agricultor, sublinhou.
Alexander de Croo explicou que o seguro compreenderia contribuições de todos os intervenientes na cadeia alimentar, sendo depois esse dinheiro utilizado para corrigir o rendimento dos agricultores se os preços caírem demasiado.
Por outro lado, o primeiro-ministro rejeitou a ideia de redução do IVA nas frutas e legumes, ressalvando que nos últimos anos "sempre que quiseram brincar com o IVA" para resolver uma crise não resultou.
A situação da agricultura na UE ganhou uma grande visibilidade com os recentes protestos que mobilizaram milhares de agricultores em vários Estados-membros, incluindo Portugal, com fecho de fronteiras e cortes de estradas.
Os agricultores europeus saíram à rua nas últimas semanas, bloqueando estradas com tratores e fardos de palha, exigindo a flexibilização da PAC e mais apoios para o setor, em ações que já levaram os governos a adotar novas medidas.
"Essa cadeia inclui o agricultor, o processador de alimentos e o distribuidor. Todos deveriam ser capazes de obter um lucro decente, mas hoje os agricultores estão do lado onde se obtém muito pouco lucro", lamentou Alexander de Croo durante uma entrevista concedida ao canal de televisão VTR.
A ideia é que o mecanismo de solidariedade, ou seja, o seguro "seja uma almofada" que garanta que as variações dos preços de mercado não recaem inteiramente sobre o agricultor, sublinhou.
Alexander de Croo explicou que o seguro compreenderia contribuições de todos os intervenientes na cadeia alimentar, sendo depois esse dinheiro utilizado para corrigir o rendimento dos agricultores se os preços caírem demasiado.
Por outro lado, o primeiro-ministro rejeitou a ideia de redução do IVA nas frutas e legumes, ressalvando que nos últimos anos "sempre que quiseram brincar com o IVA" para resolver uma crise não resultou.
A situação da agricultura na UE ganhou uma grande visibilidade com os recentes protestos que mobilizaram milhares de agricultores em vários Estados-membros, incluindo Portugal, com fecho de fronteiras e cortes de estradas.
Os agricultores europeus saíram à rua nas últimas semanas, bloqueando estradas com tratores e fardos de palha, exigindo a flexibilização da PAC e mais apoios para o setor, em ações que já levaram os governos a adotar novas medidas.