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Bitcliq garante 600 mil euros para ajudar a vender peixe logo na captura

A Indico e a LC Ventures vão investir 600 mil euros na Bitcliq. É o segundo investimento da Indico.

Paulo Duarte
08 de Fevereiro de 2019 às 10:00
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Fazer a ligação das frotas de pesca com os clientes, através da tecnologia de "blockchain", foi o que captou a atenção da Indico Capital que, com a LC Ventures, avançou para um financiamento de 600 mil euros à Bitcliq, uma start-up sediada nas Caldas da Rainha.

Não são revelados os valores individualizados dos dois novos investidores, nem a percentagem de capital com que ficam, mas Stephan Morais, que gere a Indico Partners, explicou ao Negócios que nestes investimentos entra-se, normalmente, com participações entre os 15 e os 30%. Mas o valor do investimento depende mais do que é necessário para a empresa avançar até que fique preparada para nova ronda de financiamento que poderá acontecer dentro de 12 a 18 meses, esse é, pelo menos, o prazo normal.

Este é o segundo investimento da Indico Partners que anunciou a criação de um fundo com 46 milhões de euros. O primeiro foi a entrada na Sound Particles, empresa que desenvolveu um software para áudio 3D e que já tem como clientes estúdios em Hollywood, e que recebeu 400 mil euros da Indico com a REDAngels. Stephan Morais garante, em declarações ao Negócios, que em breve será anunciado outro investimento em mais outra empresa com base portuguesa, mas escusou-se a dizer o nome.

Em ambos os casos a Indico assume que pretende investir em empresas que tenham "soluções escaláveis globalmente e em empresas que possam crescer rapidamente à escala mundial".

Stephan Morais avança ao Negócios que já olhou para mais de 800 empresas, em 18 meses, tendo a maior parte dois perfis: soluções "business 2 business" (entre empresas) de software como serviço; e mercados digitais. Foi assim que surgiu a Bitcliq, mercado digital que permite a compra de peixe quando é capturado no mar, permitindo, ainda, fazer a rastreabilidade do peixe. Por isso mesmo a Docapesca, empresa pública que gere o comércio grossista de peixe, está envolvida e integrada na plataforma. Nesta fase o piloto está a ser feito no porto de Peniche.

Stephan Morais diz que o seu fundo ficou "seduzido" pela Bitcliq porque "a forma como se faz a transação de pescado não se alterou muito nas últimas décadas". Esta plataforma permite mudar, vendendo o peixe logo que é capturado. O potencial é, por isso, o mercado mundial. Os ingredientes ficaram completos para o investimento: empresa inovadora, mercado muito grande e equipa dedicada.
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