Notícia
Subida automática das pensões em 2023 acelerava défice da Segurança Social em meia década
Contas do gabinete de estratégia e planeamento do Ministério do Trabalho, enviados ao Parlamento, mostram que o saldo da Segurança Social entraria "no vermelho" no "final da década de 2020, podendo atingir valores negativos até 1% do PIB no final da década de 2030".
19 de Setembro de 2022 às 08:50
A atualização das pensões em 2023, com base na aplicação "integral" da fórmula prevista, faria com que o saldo da Segurança Social entrasse em terreno negativo no final da década de 2020, ou seja, meia década mais cedo do que o anunciado inicialmente pelo Governo, avança esta segunda-feira o jornal Público.
Em causa está a decisão do Governo de adiantar meia pensão aos pensionistas já em outubro e proceder a aumentos entre 3,4% e 4,43% no próximo ano, ao invés de aplicar a fórmula de atualização automática que levaria a aumentos de 7,1% e 8% nas pensões em 2023, para não comprometer a sustentabilidade da Segurança Social.
Inicialmente, o Governo tinha defendido que a atualização automática reduziria o tempo de vida da Segurança Social em 13 anos, mas as contas divulgadas agora pelo gabinete de estratégia e planeamento do Ministério do Trabalho, enviados ao Parlamento, mostram que o saldo da Segurança Social entraria "no vermelho" no "final da década de 2020, podendo atingir valores negativos até 1% do PIB no final da década de 2030".
Em causa está a decisão do Governo de adiantar meia pensão aos pensionistas já em outubro e proceder a aumentos entre 3,4% e 4,43% no próximo ano, ao invés de aplicar a fórmula de atualização automática que levaria a aumentos de 7,1% e 8% nas pensões em 2023, para não comprometer a sustentabilidade da Segurança Social.