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"Há, obviamente, espaço para aumentar" imigração regulada, defende Gonçalo Matias
O presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos entende que tem de haver uma imigração controlada, que acautele "a dignidade" de quem entra em Portugal.
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03 de Março de 2024 às 11:00
Com cerca de 800 mil imigrantes, cerca de 7% da população, "Portugal está ainda entre os países de baixa imigração", nota Gonçalo Saraiva Matias, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos. "Portanto, há, obviamente, espaço para aumentar", considera em entrevista ao Negócios e à Antena 1, no programa Conversa Capital.
No entanto, Gonçalo Matias considera "fundamental que a imigração seja regulada, desde logo, para garantir a dignidade das pessoas que nos procuram".
"Depois, também, claro, preocupações relativas ao país e à capacidade de integração das pessoas. Mas, primeiro, é preciso acautelar que são recebidas com dignidade. Se não tivermos uma política migratória adequada e regulada, as pessoas acabam por viver em situações de indignidade", sublinha.
O responsável critica ainda a ação de entidades como o SEF — entretanto substituída pela AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) —, pela forma como lidaram com este problema. "O SEF tinha quase 400 mil pendências de processos em apreciação e um tempo de espera muito longo, de cerca de dois anos, para que as pessoas pudessem ser entrevistadas", recorda. "Isto propicia situações de exploração, de dificuldades, um limbo jurídico em que estas pessoas se encontram".
"Não foi bom, numa área que me parece fundamental para o futuro do país", defende, até porque "a imigração tem um potencial de atração de talento" que não deve ser desaproveitado. "Qual é a pessoa altamente qualificada que aceita estar dois anos à espera ou num limbo jurídico?", questiona.
No entanto, Gonçalo Matias considera "fundamental que a imigração seja regulada, desde logo, para garantir a dignidade das pessoas que nos procuram".
O responsável critica ainda a ação de entidades como o SEF — entretanto substituída pela AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) —, pela forma como lidaram com este problema. "O SEF tinha quase 400 mil pendências de processos em apreciação e um tempo de espera muito longo, de cerca de dois anos, para que as pessoas pudessem ser entrevistadas", recorda. "Isto propicia situações de exploração, de dificuldades, um limbo jurídico em que estas pessoas se encontram".
"Não foi bom, numa área que me parece fundamental para o futuro do país", defende, até porque "a imigração tem um potencial de atração de talento" que não deve ser desaproveitado. "Qual é a pessoa altamente qualificada que aceita estar dois anos à espera ou num limbo jurídico?", questiona.