Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Executivo defende esquemas complementares de reforma

Alterações de fundo da Segurança Social serão "estudadas" nesta legislatura para implementar na próxima. Documento fala, no entanto, de diversificação de fontes de financiamento e de incentivos a esquemas complementares,

  • ...

O Programa do Governo mantém a ideia de que a próxima legislatura é para "estudar" alterações de fundo ao sistema de Segurança Social, mas vai mais longe ao apontar caminhos que não constavam do programa eleitoral.

O documento defende que se estudem novas fontes de financiamento, que se promovam esquemas complementares de reforma e que se "prepare a Segurança Social pública para gerir fundos de capitalização de adesão voluntária, em competição com o setor privado e mutualista".

 

"Relativamente ao sistema de pensões, cuja sustentabilidade tem sido questionada, importa evitar a recorrência de debates públicos baseados em mistificações e promover uma discussão esclarecida e serena, num contexto de estabilidade e previsibilidade das regras, contribuições e benefícios, durante a atual legislatura", lê-se no programa do Governo, que neste ponto repete as ideias do programa eleitoral.

A legislatura que agora começa deve ser "dedicada ao estudo" e a um debate "o mais amplo possível" para adoção de medidas "na legislatura seguinte".

"Neste quadro", acrescenta o novo documento, "poderão ser ponderadas medidas destinadas a reforçar a sustentabilidade financeira da Segurança Social" tais como "a diversificação das fontes de financiamento", ponto que inclui "incentivos à poupança a médio e longo prazo, "através de esquemas complementares de reforma, ao nível das empresas e das pessoas".

Introduz-se também aqui a "melhoria do papel da gestão de ativos, preparando a Segurança Social pública para gerir fundos de capitalização de adesão voluntária, em competição com o setor privado e mutualista".

Apesar do adiamento de soluções de fundo, o documento não deixa cair a intenção que já constava do programa eleitoral de "adotar medidas de convergência entre os direitos à proteção social dos trabalhadores independentes e economicamente dependentes com o regime dos trabalhadores por conta de outrem, no que diz respeito à proteção no desemprego, doença, maternidade, paternidade e reforma". O documento não está calendarizado.

Mantem-se também a intenção de "agregar" apoios sociais e um suplemento que "garante que o aumento
do rendimento do trabalho não conduz a uma perda de rendimento disponível".

O programa também não concretiza a possibilidade admitida no programa eleitoral de eventual fusão da Segurança Social com o fisco, falando antes de cruzamento de dados.

Conta-corrente do contribuinte beneficiário 


Concretiza-se, no entanto, a ideia de "criar a conta-Corrente do contribuinte-beneficiário, enquanto instrumento que permitirá aos cidadãos ter informação fidedigna sobre o historial das suas contribuições para esquemas públicos de Segurança Social", historial que é possível consultar na Segurança Social Direta.

"Com este instrumento será possível proceder à adequada contabilização dos vários apoios dispersos (incluindo em espécie) e registar todos os movimentos e direitos relativos às medidas relacionadas com o mercado de trabalho e aos direitos constituídos relativos à pensão de reforma".

A ideia, que tem sido defendida noutros moldes pela Iniciativa Liberal, foi também defendida, segundo o Eco, pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

A Segurança Social e a pasta do Trabalho permanecem juntas no novo Governo. A professora catedrática Rosário Palma Ramalho é a nova ministra.

Notícia atualizada às 3:53 com mais informação.

Ver comentários
Saber mais Segurança Social fontes de financiamento sistema previdencial
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio