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Comércio vai vender ao postigo mas pode manter lay-off simplificado

Entidades com atividade parcial, como o comércio não alimentar, os ATL's ou os colégios com vários níveis de ensino podem manter lay-off simplificado, embora tenham de o adaptar aos novos horários dos funcionários, numa espécie de lay-off parcial. O esclarecimento foi obtido pela bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Paula Franco, junto da Segurança Social.

Miguel Baltazar
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As empresas que a partir de segunda-feira retomam atividade de forma condicionada – caso do comércio não alimentar que só pode vender ao postigo, dos ATL’s ou das escolas privadas com vários níveis de ensino – poderão manter o lay-off simplificado, desde que adaptem os horários das pessoas que passam a trabalhar.

O esclarecimento foi prestado pela bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) Paula Franco, que numa comunicação aos associados, esta sexta-feira, explicou que esta é uma das questões que mais tem sido colocada. Ao Negócios, explicou depois que confirmou a regra com a Segurança Social.

"Os restaurantes, as lojas, o comércio, vão ter uma ligeira adaptação ao que são as suas medidas de encerramento mas não deixam de estar obrigadas a estar encerradas e consequentemente continuarão a estar abrangidas pelo lay-off simplificado", disse.

A abertura do comércio ao postigo "vai significar a possibilidade de levantar à porta da loja" um produto encomendado. "Mas o comércio continua a encerrar e pode continuar no lay-off, a única coisa que tem de corrigir é os horários dos trabalhadores que vão estar a prestar serviços no âmbito da venda ao postigo".

"O mesmo não acontece com os cabeleireiros", que por terem uma abertura total não podem estar abrangidos pelo lay-off simplificado (embora possam passar para o apoio à retoma a partir de dia 15), disse. O mesmo acontece com as livrarias, o comércio automóvel, a mediação imobiliária, as bibliotecas e arquivos.

Se a empresa do comércio ao postigo, por exemplo, estava já em lay-off simplificado "vai ter de comunicar aos trabalhadores que retoma as suas atividades a partir de segunda-feira e pode alterar os pressupostos" da suspensão de contrato ou redução de horário

"Se já enviaram o pedido de lay-off para março, têm de o substituir" no site da Segurança Social, disse.

Há novos apoios mas os antigos estão atrasados

Numa altura em que o Governo anuncia uma série de novos apoios, as empresas continuam à espera por exemplo do pagamento da segunda tranche do incentivo à normalização ou no âmbito do programa Apoiar, nomeadamente a nível das rendas.

"É necessário que todos os pagamentos que ainda não foram feitos sejam pagos com a maior urgência", diz.

Em atraso estão por exemplo  a segunda tranche do incentivo à normalização, ou os subsídios no âmbito do apoiar mais simples ou do apoiar renda.  

A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados explicou que é preciso esperar pelos diplomas, mas confirmou por exemplo a intenção de estender o lay-off a atividades não obrigadas a encerrar, as chamadas "atividades colaterais".

"O que foi adiantado pela senhora ministra é que isto vai-se aplicar às atividades que tenham mais de 40% da quebra de faturação e que a sua relação e a sua dependência em relação às atividades encerradas seja de 50% ou mais", no ano anterior.

 

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