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Sabe quantos médicos por habitante há na sua região?

Com mais 616 médicos especialistas de clínica geral, todos os portugueses teriam médico de família. Estas são as contas apresentadas pelo Ministério da Saúde e que mostram a região do Algarve como a mais afectada do país.

24 de Fevereiro de 2016 às 23:47
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A região do Algarve é a mais afectada com a ausência de médicos de família. Os números são disponibilizados pelo Ministério da Saúde no portal do Serviço Nacional de Saúde, esta quarta-feira, 24 de Fevereiro, numa apresentação que contou com a presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do secretário de Estado da Saúde adjunto, Fernando Araújo.

O número de portugueses sem médico de família não é uma novidade, mas os dados podem agora ser consultados facilmente pelos utentes no portal do Serviço Nacional de Saúde. A informação é útil para doentes e profissionais de Saúde, que podem mesmo consultar os dados por regiões.

Actualmente, existem cerca de 10,05 milhões de utentes inscritos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), no entanto existem apenas 5.262 especialistas em medicina geral e familiar. Ou seja, pelas contas do Governo, faltam mais 616 médicos de família para responder ao milhão de portugueses sem médico de família atribuído.

Os dados, que integram o plano de reforma dos cuidados de saúde primários apresentado esta quarta-feira, 24 de Fevereiro, mostram, por exemplo, que na região do Algarve são neste momento necessários 61 médicos de família para responder aos cerca de 107 mil utentes inscritos sem este acompanhamento, do universo de 452 mil utentes inscritos nesta região.

Já o Norte é a região onde a cobertura de médicos de família é maior e onde há menos utentes sem médico de família. Ainda assim, seriam necessários 65 médicos para o norte do país para que os mais de três milhões de utentes nesta região tivessem o mesmo acesso aos cuidados de saúde primários.

Mas menos de metade seriam suficientes para que todos os alentejanos tivessem um médico atribuído. Pelos cálculos do Governo, 26 especialistas de clínica geral e familiar bastariam.

O maior esforço vai, naturalmente, para a região de Lisboa e Vale do Tejo. Só para esta região são necessários mais de 400 médicos para responder aos cerca de 733 mil utentes sem médico de família, num universo de 3,6 milhões de utentes. Nesta região existem actualmente cerca de 1.634 médicos de família. Menos 615 médicos do que aqueles que existem na região do Centro, com cerca de metade dos utentes inscritos. Ainda assim, no Centro continuam a faltar 62 médicos, o equivalente ao número de profissionais necessários no Algarve e no Norte.

As contas do Governo surgem à margem da apresentação do novo plano de reforma dos sistemas de saúde primários.

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