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Público: Número de utentes com médico de família está a cair
O número de utentes com médico de família caiu 2% entre 2010 e 2014, de acordo com um relatório do regulador da Saúde. Lisboa foi a região onde a queda foi mais acentuada, chegando a 7%.
15 de Março de 2016 às 12:06
O número de utentes com médico de família caiu 2% entre 2010 e 2014, de acordo com um relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) citado esta terça-feira, 15 de Março, pelo jornal Público.
Se em Portugal continental a redução foi de 2%, "a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo foi a região que apresentou uma diminuição mais acentuada, de 7%".
De acordo com os dados apresentados, em 2014, 87% dos utentes dos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tinham médico de família. "Por região, a ARS Norte destaca-se com maior percentagem (96%) e a do Algarve com menor (65%)".
Os dados do Relatório Anual sobre o acesso a cuidados de saúde, divulgados em Julho, apontavam para uma redução dos utentes sem clínico atribuído. O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, não se mostra surpreendido com a contradição. "Não podemos confiar em nenhuma estatística do Ministério da Saúde pelo menos nos últimos quatro anos - a tutela anterior - porque foram deliberadamente manipuladas", afirma, citado pelo jornal.
O relatório também conclui que a cobertura de utentes é melhor nas unidades de saúde familiar (USF) do que nas unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP), que são essencialmente os centros de saúde. Nas primeiras a percentagem de população com médico de família ronda sempre os 100% enquanto nas segundas é inferior a 60% no Algarve e em Lisboa.
Se em Portugal continental a redução foi de 2%, "a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo foi a região que apresentou uma diminuição mais acentuada, de 7%".
Os dados do Relatório Anual sobre o acesso a cuidados de saúde, divulgados em Julho, apontavam para uma redução dos utentes sem clínico atribuído. O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, não se mostra surpreendido com a contradição. "Não podemos confiar em nenhuma estatística do Ministério da Saúde pelo menos nos últimos quatro anos - a tutela anterior - porque foram deliberadamente manipuladas", afirma, citado pelo jornal.
O relatório também conclui que a cobertura de utentes é melhor nas unidades de saúde familiar (USF) do que nas unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP), que são essencialmente os centros de saúde. Nas primeiras a percentagem de população com médico de família ronda sempre os 100% enquanto nas segundas é inferior a 60% no Algarve e em Lisboa.