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Portugueses gastaram menos 50 milhões com medicamentos até Maio

Factura da farmácia nos primeiros cinco meses atingiu os 261,9 milhões de euros, menos 50,2 milhões do que no ano passado.

Paulo Duarte/Negócios
12 de Setembro de 2013 às 21:52
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A factura da farmácia voltou a ficar mais leve nos primeiros cinco meses do ano. Os portugueses gastaram menos 50 milhões de euros e o Serviço Nacional de Saúde (SNS) poupou 62,5 milhões em comparticipações.

 

Os dados da monitorização do mercado do medicamento, a que o Negócios teve acesso, mostram que de Janeiro a Maio os portugueses gastaram 261,9 milhões de euros com medicamentos e o SNS 453,5 milhões, uma quebra de 16,1% e 12,1% face ao mesmo período do ano passado.

 

Os preços médios anuais dos medicamentos também continuam em queda. No primeiro semestre o preço médio rondou os 10,23 euros, abaixo dos 10,71 registados no ano 2012, e 2,78 euros abaixo do preço médio verificado em 2007.

 

Quota de mercado dos genéricos aumentou 3% em um ano

A redução da despesa com medicamentos resulta em grande parte da aposta e aumento do consumo de genéricos. Nos primeiros seis meses do ano foram adquiridas mais de 34 mil embalagens de genéricos nas farmácias, o equivalente a uma quota de mercado de 27,6%, o valor mais alto de sempre e três pontos percentuais acima da quota existente em igual período de 2012. Nos últimos seis anos, a quota de genéricos (em volume) vendidos em farmácias aumentou seis pontos percentuais.

 

Já a quota em valor não foi além dos 18,5%, uma vez que os genéricos são muito mais baratos que os originais. Quando comparados com os preços médios de 2007, os genéricos estão agora mais baratos 13,45 euros, custando em média 6,93 euros.

 

Despesa em meio hospitalar continua por controlar

 

Bem menos controlado está o mercado do medicamento em ambiente hospitalar. Nos primeiros seis meses do ano, os hospitais gastaram 511,2 milhões de euros com medicamentos, tendo poupado apenas 0,5% face ao primeiro semestre do ano passado.

 

Os hospitais que mais contribuíram para o decréscimo foram o IPO do Porto ( -9,6%), o Hospital Garcia de Orta, em Almada (-5,1%), e o Centro Hospitalar Lisboa Central (-1,5%).

 

As áreas que geram a maior despesa são a da consulta externa, o do hospital de dia e a cirurgia de ambulatório. O chamado “ambulatório hospitalar” foi responsável por uma despesa de 389 milhões de euros, o que representa 76,1% da despesa total com esta rubrica.

 

A maior fatia de custos vai para os medicamentos usados no tratamento da infecção por VIH, da artrite reumatóide e esclerose múltipla.

 

(Correcção: No quinto parágrafo era referido uma redução de 6,93 euros dos genéricos para 13,45 euros, quando na verdade é uma redução de 13,45 euros para 6,93 euros.)

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