Notícia
Portugueses repatriados da China vão ficar em quarentena voluntária
Os cidadãos portugueses não são obrigados a ficar em quarentena mas todos aceitaram fazê-lo de forma voluntária. Vão ficar isolados 14 dias sem visitas.
02 de Fevereiro de 2020 às 21:44
Os cidadãos portugueses que foram repatriados da China aterraram este domingo na Base Aérea de Figo Maduro. Os portugueses, que não eram obrigados a ficar em quarentena, aceitaram todos fazê-lo de forma voluntária.
Estes cidadãos vão ficar 14 dias em isolamento, sem receber visitas, informou a ministra da Saúde, Marta Temido, em conferência de imprensa.
"Vou ficar em quarentena. Eu e os meus colegas mais próximos decidimos ficar em quarentena. Acho que a maior parte das pessoas vai optar por isso", tinha dito à TSF Miguel Matos, um dos 17 portugueses repatriados da China.
Os portugueses tinham chegado este domingo cerca das 14h30 (13h30 em Lisboa) a Marselha num Airbus A380, proveniente da China, no qual viajavam 250 cidadãos europeus.
A China elevou hoje para 304 mortos e mais de 14 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan.
As Filipinas anunciaram também hoje a morte de um cidadão de nacionalidade chinesa, vítima de uma pneumonia causada pelo coronavírus. Foi a primeira vítima fatal registada fora da China.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
O Ministério da Saúde vai disponibilizar instalações onde os portugueses provenientes de Wuhan poderão ficar em "isolamento profilático" voluntário.
O Hospital Pulido Valente, em Lisboa, e o Hospital Militar, no Porto, serão as unidades preparadas para os receber.
* Com Lusa