“Penso que o sector da saúde, como muitos outros em Portugal, precisa de uma reorganização profunda, nomeadamente ao nível dos recursos humanos”, defende Isabel Vaz em entrevista ao “Diário Económico” e à Antena 1.

A presidente da ES Saúde defende que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem de reduzir custos, mas de acordo com uma estratégia. “Se cortamos sem reorganização e sem estratégia, então, de facto, pode haver implicações no acesso aos melhores cuidados e às melhores práticas da medicina. Se é feito com estratégia, estamos a eliminar desperdício. E há muito desperdício”.

No entanto, a gestora critica o facto de se “ver qualquer redução de desperdício como uma redução da qualidade dos cuidados ou do acesso”. Esta é uma das razões que, na sua opinião, torna a saúde “seguramente um sector muito difícil”.

“Essa reforma é extraordinariamente difícil de fazer num sector avesso à mudança e onde há muitos interesses. Desde logo os interesses das próprias corporações dentro do SNS. É um sector extraordinariamente difícil até pela visibilidade social que tem”, justifica Isabel Vaz.