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O preço deste medicamento disparou 500%... e Hillary não gostou

Depois da Turing Pharmaceuticals e da Valeant, é a vez de a Mylan ficar sob o fogo cerrado da candidata presidencial. O motivo? O preço de um medicamento para alergias, que quadruplicou em quase uma década.

Bloomberg
24 de Agosto de 2016 às 23:07
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A candidata democrata às eleições dos EUA, Hillary Clinton, fez esta quarta-feira, 24 de Agosto, um duro ataque à farmacêutica Mylan, condenando o aumento em mais de 500%, no espaço de uma década, do preço de um medicamento produzido por aquele laboratório.


Desde 2007, quando comprou o produto, o valor de venda da EpiPen – uma caneta de adrenalina injectável para tratamento urgente de alergias – galgou de 100 dólares para os actuais 600 dólares (532,5 euros à cotação actual). No Canadá, o preço é muito inferior: 99,4 euros.


"É ofensivo – e é apenas o exemplo mais recente de uma empresa a tentar aproveitar-se dos seus consumidores. É errado que as farmacêuticas coloquem os seus lucros à frente dos seus pacientes, aumentando os preços sem justificação," apontou Clinton numa declaração citada pela agência Reuters.


Não é a primeira vez que Clinton se insurge contra a acção comercial das farmacêuticas. No outono do ano passado, foi a vez de a Turing Pharmaceuticals ter estado sob fortes críticas da então pré-candidata, depois de ter aumentado o preço de um comprimido antiviral utilizado por pacientes com SIDA de 12 euros para 665 euros. E em Janeiro coube à Valeant ouvir a ex-secretária de Estado, depois de a companhia ter aumentado o preço de venda de um medicamento para tratamento de doenças cardíacas.


Em todos os casos – como aconteceu também esta quarta-feira -, as acções das empresas em causa caíram. A Mylan fechou a sessão em Nova Iorque com uma queda de 5,41% para 43,15 dólares.  


Hillary já se comprometeu a reduzir o preço dos medicamentos caso chegue à Casa Branca nas eleições de Novembro, expandindo o acesso a produtos genéricos e permitindo a compra de fármacos no estrangeiro.

(Título e texto corrigidos às 15:51 de 29 de Agosto: onde se lia "400%" passou a ler-se "500%")

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