Notícia
Ministério da Saúde vai "acelerar" rastreios aos diferentes cancros
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, salientou que no período outono/inverno vai "haver dois grandes desafios": criar um circuito para os doentes respiratórios, de modo a "dividir bem" os utentes que podem ser covid e não covid e "retomar a atividade existencial programada".
24 de Setembro de 2020 às 23:20
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales (na foto), disse hoje, na Batalha, que o Ministério da Saúde está a "acelerar o processo" dos rastreios aos diferentes cancros, situação que foi prejudicada durante a pandemia.
"Para nós é uma situação muito preocupante. Se não parámos e conseguimos manter fora deste processo [covid] os IPO [Instituto Português de Oncologia] - embora com algum decréscimo -, a nossa preocupação na área da oncologia vai exatamente para os rastreios do cancro da mama, do cancro do colo do útero e do cancro colorretal", disse Lacerda Sales.
Falando à margem da conferência "Valorizar e Reforçar os Serviços de Saúde na Região de Leiria", organizada pelo Grupo Económico e Social da Região de Leiria, no Mosteiro da Batalha, o secretário de Estado assegurou que o Governo está "a acelerar e a fazer a reprogramação de todos esses rastreios em todas as regiões do país".
Na conferência, o governante salientou que no período outono/inverno vai "haver dois grandes desafios": criar um circuito para os doentes respiratórios, de modo a "dividir bem" os utentes que podem ser covid e não covid e "retomar a atividade existencial programada".
"Não estamos reféns da covid-19", garantiu António Lacerda Sales, ao referir a "preocupação" com a "pressão sobre os cuidados de saúde" em diagnósticos não covid-19. Por isso, foi realizado um "reforço nos recursos humanos".
No entanto, admitiu que tem havido "mais facilidade em retomar a atividade nos hospitais" e uma "maior dificuldade" em reativar a atividade nos cuidados de saúde primários.
"Uma das razões é a impossibilidade de criar circuitos de segurança em algumas extensões de saúde. Primeiro, temos de criar as condições. Mas tem havido uma recuperação da atividade existencial dos ACeS [Agrupamentos de Centros de Saúde] e dos hospitais", reforçou.
O secretário de Estado mostrou-se ainda confiante na resposta dos cuidados intensivos do Serviço Nacional de Saúde.
"No início da pandemia tínhamos 1.142 ventiladores. A preocupação foi duplicar essa capacidade. Como os ventiladores não funcionam sozinhos, reforçámos a estrutura de recursos humanos e essa foi uma das maiores vitórias."
Lacerda Sales informou também que nos últimos seis meses só 18% a 19% das camas usadas nos cuidados intensivos são doentes covid e os utentes não covid nesta área não ultrapassaram os 63%, o que "deu alguma tranquilidade".
O governante destacou a "elasticidade" dos internamentos, que permite, "a qualquer momento", criar um circuito covid ou não covid, de acordo com as necessidades.
Portugal contabiliza pelo menos 1.931 mortos associados à covid-19 em 71.156 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde.
"Para nós é uma situação muito preocupante. Se não parámos e conseguimos manter fora deste processo [covid] os IPO [Instituto Português de Oncologia] - embora com algum decréscimo -, a nossa preocupação na área da oncologia vai exatamente para os rastreios do cancro da mama, do cancro do colo do útero e do cancro colorretal", disse Lacerda Sales.
Na conferência, o governante salientou que no período outono/inverno vai "haver dois grandes desafios": criar um circuito para os doentes respiratórios, de modo a "dividir bem" os utentes que podem ser covid e não covid e "retomar a atividade existencial programada".
"Não estamos reféns da covid-19", garantiu António Lacerda Sales, ao referir a "preocupação" com a "pressão sobre os cuidados de saúde" em diagnósticos não covid-19. Por isso, foi realizado um "reforço nos recursos humanos".
No entanto, admitiu que tem havido "mais facilidade em retomar a atividade nos hospitais" e uma "maior dificuldade" em reativar a atividade nos cuidados de saúde primários.
"Uma das razões é a impossibilidade de criar circuitos de segurança em algumas extensões de saúde. Primeiro, temos de criar as condições. Mas tem havido uma recuperação da atividade existencial dos ACeS [Agrupamentos de Centros de Saúde] e dos hospitais", reforçou.
O secretário de Estado mostrou-se ainda confiante na resposta dos cuidados intensivos do Serviço Nacional de Saúde.
"No início da pandemia tínhamos 1.142 ventiladores. A preocupação foi duplicar essa capacidade. Como os ventiladores não funcionam sozinhos, reforçámos a estrutura de recursos humanos e essa foi uma das maiores vitórias."
Lacerda Sales informou também que nos últimos seis meses só 18% a 19% das camas usadas nos cuidados intensivos são doentes covid e os utentes não covid nesta área não ultrapassaram os 63%, o que "deu alguma tranquilidade".
O governante destacou a "elasticidade" dos internamentos, que permite, "a qualquer momento", criar um circuito covid ou não covid, de acordo com as necessidades.
Portugal contabiliza pelo menos 1.931 mortos associados à covid-19 em 71.156 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde.