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Hospitais privados anunciam corte com a ADSE em abril
A ameaça já tinha sido feita e vai mesmo para a frente: os principais grupos de saúde privados vão suspender as convenções celebradas com o subsistema de saúde dos funcionários públicos.
Os principais grupos privados da Saúde vão suspender a sua relação com a ADSE, o subsistema de saúde dos funcionários públicos.
De acordo com o Expresso, que cita fontes do setor, a decisão da José de Mello Saúde e Luz Saúde deverá ocorrer a partir de abril.
O Expresso escreve que todos os tratamentos já em curso, bem como consultas agendadas ou cirurgias que estão marcadas serão cobradas tendo em conta os acordos celebrados no passado com a ADSE.
Mas, a partir de abril, todos os cuidados de saúde prestados pelas unidades geridas pela Luz Saúde e pela José de Mello Saúde terão de ser pagos a 100% pelos beneficiários da ADSE, que depois podem pedir o respetivo reembolso.
O Expresso apurou ainda que o Grupo Hospitalar Particular do Algarve e o Grupo Trofa Saúde deverão seguir o mesmo caminho.
Na base desta decisão está a exigência recente dos responsáveis da ADSE de receberem 38 milhões de euros de despesas que os privados terão faturado a mais em 2015 e 2016.
Em dezembro, o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, Óscar Gaspar, revelou que os seus associados consideraram uma ’’afronta’’ e já admitia que os hospitais privados pudessem acabar com as convenções com a ADSE.
(Notícia actualizada às 18h30 para clarificar que se trata de um anúncio de suspensão das convenções que, a concretizar-se, terá efeitos em Abril).