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CNN: Vacinas contra a covid não foram testadas em sistemas imunitários enfraquecidos
Os ensaios desenhados para avaliar a eficácia das vacinas contra a covid-19 excluíam pessoas com o sistema imunitário enfraquecido. Agora, as vacinas estão a demonstrar ser ineficazes nesta população, que não consegue criar imunidade ao vírus.
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Os estudos sobre a eficácia das vacinas contra a covid-19 não incluíram pessoas imunossuprimidas, isto é, cujos sistemas imunitários estão enfraquecidos, e isso pode comprometer a sua eficácia.
Segundo a CNN, uma norte-americana que toma medicação com efeitos imunossupressores terá sido testada para anticorpos à covid-19 depois de ter tomado ambas as doses da vacina da Pfizer e os resultados confirmaram que não teria criado imunidade à doença.
As explicações avançadas indicam que a ausência de anticorpos contra a covid-19, mesmo depois de completa a vacinação, terão derivado da medicação.
Esta é, contudo, uma teoria que carece de confirmação científica já que existe pouca informação disponível sobre os efeitos e a eficácia das vacinas nesta população.
Os estudos desenhados para avaliar o efeito das vacinas excluíam deliberadamente pessoas com condições clínicas que enfraqueçam o seu sistema imunitário ou que tomem medicações com o mesmo efeito, como por exemplo doentes oncológicos ou que tomem cortisona (muito utilizada para tratar a asma), respetivamente.
Por trás da decisão poderão duas preocupações: a saúde dos sujeitos do estudo, já que esta condição os deixa mais vulneráveis a quaisquer possíveis efeitos secundários adversos graves, que têm que ser tido em conta numa fase inicial dos estudos; e, claro, os próprios resultados, que poderia ficar comprometidos.
Estimativas conservadoras citadas por um especialista ouvido pela CNN apontam para que existam nos Estados Unidos bem mais de 6 milhões de pessoas nesta situação.