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BE critica recuo na saúde e diz que propostas do PS mantêm tudo como está

Catarina Martins critica recuo do PS nas propostas de alteração da lei de Bases da Saúde. Costa diz que PPP só representam 4,6% do total da despesa do SNS.

Lusa
02 de Maio de 2019 às 16:58
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A coordenadora do BE, Catarina Martins, afirmou esta quinta-feira, 2 de maio, que se for aprovada uma lei de Bases da Saúde "que mantenha os privados dentro do SNS, não estará a fazer mais do que deixar tudo na mesma".

Falando no debate quinzenal no Parlamento, Catarina Martins começou logo por assumir que tinha um "problema político" com António Costa e questionou o chefe do Governo sobre as razões que levaram o PS a recuar no acordo com o Bloco no que toca à intenção de proteger o SNS e acabar com as Parcerias Público-Privadas.

Na resposta, o primeiro-ministro reafirmou que não havia nenhum acordo mas "apenas documentos de trabalho" e defende mesmo no que diz respeito às PPP, "aquilo que o PS apresentou não é um recuo é um avanço" na medida em que "veio densificar que o contrato [com os privados] tem de ser de natureza pública".


O chefe do governo reafirmou ainda que o objetivo da nova lei é "acabar com a lei de 1990 e com o princípio da concorrência entre o setor público e privado", garantindo que a gestão por parte dos privados será sempre "supletiva e temporária".

Catarina Martins retorquiu que os actuais contratos já são temporários e aquilo que o PS está a pedir à Esquerda é que "mantenha a porta aberta à gestão privada da Saúde", mas defendeu que ainda estão "a tempo de aprovar uma lei que defenda o SNS e não o queira vender". "Está nas mãos do PS", atirou.


Na resposta, e depois de admitir que o modelo das PPP não é ideial - "não há modelos ideais", disse - António Costa defendeu que "não devemos fechar a porta" ao modelo das Parcerias. "Depende das avaliações que forem feitas caso-a-caso", afirmou, salientando que as PPP "só representam 4,6% da despesa total do SNS: 450 milhões de euros".


O primeiro-ministro defendeu ainda que "a escolha a fazer é manter em vigor a atual lei de 90, aprovada pela direita, ou aprovar uma nova lei de bases que de uma vez por todas separe o publico e privado".

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