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ADSE não tem pressa na cobrança das regularizações. “Primeiro quero fechar as tabelas”
A nova presidente da ADSE mostra-se empenhada em fechar as novas tabelas de preços com os privados, que estão em construção há vários anos, embora admita que o trabalho não esteja pronto logo no início do ano. Só depois será tratado o tema das regularizações, que ainda não foram cobradas.
A guerra aberta com a ADSE que marcou o início de 2019 tinha um obetivo imediato: a suspensão da cobrança das chamadas regularizações, ou seja, dos montantes que a ADSE exigia aos grandes grupos privados para corrigir a faturação de anos anteriores.
As novas tabelas de preços, que já estavam na altura a serem preparadas, foram em setembro apresentadas aos prestadores privados. Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, a presidente da ADSE, Maria Manuela Faria, indica que primeiro tentará o acordo sobre as novas tabelas e que só depois se sentará a conversar sobre a cobrança das regularizações.
A cobrança das regularizações, que começaram por ser estimadas em 39 milhões de euros (para os anos de 2015 e 2016) e depois calculadas em 74 milhões (até 2019) "não tem sido tema neste momento", afirma a presidente da ADSE.
"Tanto a ADSE como os prestadores estamos muito focados neste assunto de vital importância, que é resolvermos o assunto das tabelas que, como disse, e bem, arrasta-se já há demasiado tempo".
"Primeiro quero fechar as tabelas", e "depois tratamos das regularizações com a mesma serenidade com que estamos a encarar a revisão de tabelas", diz Maria Manuela Faria.
Embora não dê detalhes, a presidente da ADSE confirma que as tabelas prevêem um aumento do preço das consultas e uma subida significativa de varios atos da medicina dentária, tal como o Negócios tem noticiado nos últimos meses.
Quanto aos medicamentos, próteses e cirurgias "estamos a tentar fechar o máximo de preços possível e isso traz uma coisa muito boa a ambas as partes que é a previsibilidade. Quanto ao resto, como digo, ainda estamos a conversar".
Maria Manuela Faria refere que as faturas estão a ser conferidadas – como já estavam aliás no início de 2019 – e admite que a verba de cerca de 70 milhões de euros, valor que não confirma, possa ser revista em baixa.