Notícia
432 médicos suspeitos de fraudes na Saúde
De 2012 até agora, a Saúde enviou 573 processos para investigação, por suspeitas de fraudes no SNS, contabiliza o Jornal de NotÍcias. As entidades que fazem esta avaliação são privadas.
Vendas fictícias de medicamentos, prescrição abusiva de remédios, falsificação de receitas, roubo de vinhetas. Estes são alguns exemplos de práticas fraudulentas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), e que, ao longo dos últimos anos, conduziram à instauração de 573 processos de investigação.
Em causa, segundo o Jornal de Notícias desta terça-feira, estão médicos (432 suspeitos, até agora), mas também prestadores de serviços (189) e até utentes, que se julga estarem envolvidos em fraudes que podem ter lesado o Estado em quase mil milhões de euros (943 milhões de euros), adianta o Jornal de Notícias, que faz uma reportagem junto dos centros de controlo das receitas.
A despistagem dos indícios criminais está a cargo da Unidade de Exploração de Informação, a partir de um modelo de analise de risco com cerca de 40 indicadores e que fazem soar os alarmes caso, por exemplo, um médico concentre num mês um nÚmero inusitado de receitas, ou caso se registem utentes com prescrição excessiva de remédios. Feito o escrutínio, e caso persistam suspeitas, os casos são encaminhados para a Procuradoria Geral da República, Polícia Judiciária, Infarmed e Inspecção-Geral de Actividades em Saúde.
Os trabalhos desta Unidade de Exploração de Informação estão a cargo de uma empresa privada, à semelhança do que acontece com o Centro de Controlo e Monitorização do SNS, que são operados pela Meo, diz o Jornal de Notícias.
O contrato da Meo iniciou-se em Fevereiro de 2014 e termina no final deste ano.