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Sampaio da Nóvoa considera que a única alternativa é um Governo com maioria parlamentar

O candidato à Presidência da República António Sampaio da Nóvoa disse este domingo, em Lisboa, que "havendo um acordo de maioria parlamentar" não resta "nenhuma outra alternativa" que não seja "empossar esse Governo".

08 de Novembro de 2015 às 19:38
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"Consistentemente repeti sempre que, havendo uma maioria parlamentar, fosse ela qual fosse, à direita ou à esquerda, havendo um acordo de maioria parlamentar, não restaria nenhuma outra alternativa a não ser empossar esse Governo e confiar nesse Governo", afirmou Sampaio da Nóvoa aos jornalistas à margem de um debate hoje em Lisboa, sobre o sector da saúde, que reuniu pouco mais de 50 pessoas, num hotel da capital.

 

Questionado pela Lusa sobre a iniciativa de António Costa, do PS, de ter encetado negociações com diversos partidos para alcançar uma plataforma de acordos visando garantir a formação de um Governo, Sampaio da Nóvoa afirmou: "vejo com muito bons olhos o alargamento da nossa democracia, a nossa democracia está a alargar-se, [pois] parecia que estava amputada".

 

"Parecia que uma parte dos portugueses que votavam em determinados partidos, era quase como se não fizessem parte da nossa democracia", acrescentou o candidato presidencial, que referiu ainda que "vê com muito bons olhos esse alargamento e a possibilidade de se chegar a um entendimento entre partidos que são muito diferentes, em nome de uma nova fase da nossa vida política".

 

Para o candidato, na eventualidade do actual Governo, liderado por Pedro Passos Coelho, não passar, terça-feira, na Assembleia da República, "a solução natural e quase inevitável", é que o actual Presidente da República convide António Costa a formar Governo.

 

Sampaio da Nóvoa referiu ainda que ouviu "uma série de constitucionalistas muito reputados" que lhe afirmaram que "seria inconstitucional" a possibilidade de, após o executivo não passar no parlamento, ser prolongado como "em funções de gestão".

"Não parece restar outra opção ao Presidente da República, que não seja esse convite [a António Costa] e o dar posse a um Governo que resulte dessa maioria parlamentar", rematou.

 

O painel sobre saúde juntou vários ex-ministros e secretários de Estado de Governos socialistas, e uma "audiência de caras conhecidas", como afirmou Manuel Pizarro, um dos participantes.

 

Além de Pizarro, na mesa sentaram António Correia de Campos, Ana Jorge, Francisco Ramos, o catedrático jubilado Constantino Sakellarides e António Sampaio da Nóvoa.

 

António Arnaut o criador do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deu o seu testemunho através de um vídeo, tendo afirmado que o SNS "é a trave-mestra do Estado-social". Arnaut justificou o seu apoio a Sampaio da Nóvoa afirmando que "tem da acção política um conceito ético".

 

Constantino Sakellarides abriu o debate afirmando que "há qualquer coisa nova no ar", o que serviu de mote para o candidato, que se comprometeu a defender o SNS que apontou como "um dos maiores sucessos da nossa democracia".

 

Defendeu também a manutenção de "um acesso geral e universal, tendencialmente gratuito, preparado e pensado para o bem público".

 

Sampaio da Nóvoa criticou "o desequilíbrio que se vem acentuando" entre os sectores público e privado, na área da saúde, apelando para que "não haja ligações preservas entre uns e outros".

 

O candidato afirmou que tem conhecimento de um mal-estar entre os profissionais de saúde onde reina "o recrutamento e a contratação precária".

 

Reconhecendo que o Presidente da República não tem poderes executivos, defendeu que o Chefe de Estado deve exercer a sua "magistratura de influência" e que "esteja disposto a bater-se por princípios e pela Constituição".

 

Entre os presentes esteve a mãe de António Costa, a jornalista Maria Antónia Palla e também o capitão de Abril, Vasco Lourenço.

 

Nóvoa prometeu vir a ser um Presidente capaz de "afirmar a importância da saúde no quadro social".

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