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Moon Jae-in é o novo presidente da Coreia do Sul

Tal como apontavam as sondagens, o liberal Moon Jae-in venceu as eleições presidenciais da Coreia do Sul.

Reuters
10 de Maio de 2017 às 01:33
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Moon Jae-In, do Partido Democrático, de centro-esquerda, é o novo presidente sul-coreano. Moon estava creditado nas sondagens com 38% das intenções de voto, bem à frente do centrista Ahn Cheol-Soo, que em vários inquéritos de opinião aparecia empatado com o conservador Hong Joon-Pyo.

 

Esta vitória de Moon, que tem 64 anos, assinala a alternância ao fim de 10 anos de domínio dos conservadores, e poderá significar uma mudança considerável de política, tanto face ao regime de Pyongyang, como ao aliado e protector norte-americano.

 

A comissão de eleições sul-coreana terminou a contagem dos votos já na manhã de quarta-feira (hora local) e anunciou que Moon recolheu 41% dos votos, enquanto o adversário conservador Hong Joon-pyo somou 24%.

 

Veterano da luta pelos direitos do homem, Moon é favorável a uma reconciliação com a Coreia do Norte. O liberal defende o diálogo com Pyongyang para reduzir as tensões e incentivar os norte-coreanos a regressarem à mesa das negociações. Por outro lado, quer mais distância entre Seul e Washington.

 

"Moon, homem pouco dado a compromissos, já passou por momentos difíceis e em 2009 coube-lhe anunciar o suicídio do Presidente Roh Moo-Hyun de quem era chefe de gabinete", conforme recorda o jornalista João Carlos Barradas na sua coluna de opinião no Negócios.

 

No passado dia 9 de Março, recorde-se, o Tribunal Constitucional decidiu, por unanimidade, proceder ao 'impeachment' da chefe de estado da Coreia do Sul, Park Geun-hye, suspeita num caso de corrupção e tráfico de influências que envolve uma amiga confidente.

 

O Ministério Público considerou que Park Geun-hye teve um papel "considerável" no caso e acusou formalmente a amiga Choi Soon-sil e dois antigos assessores presidenciais, indicando que Park cooperou com Choi e os outros dois ex-colaboradores, que são suspeitos de terem pressionado mais de 50 empresas do país a doar 65,7 milhões de dólares (62 milhões de euros) a duas fundações.

 

Com a destituição, Park perdeu a imunidade e a Coreia do Sul tinha que realizar eleições presidenciais num prazo inferior a 60 dias.

 

O escândalo "Choi Soon-sil Gate" reduziu a taxa de aprovação da Presidente a 5%, o valor mais baixo alguma vez alcançado por um chefe de Estado na Coreia do Sul desde que o país alcançou a democracia no final da década de 1980.

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