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Rui Tavares reconhece derrota do Livre
O cabeça de lista do Livre/Tempo de Avançar, Rui Tavares, assumiu a derrota, dado o partido não ter conseguido eleger nenhum deputado, considerando sentir-se honrado e orgulhoso pelo trabalho desenvolvido desde a criação do partido.
"Nós não atingimos os resultados que queríamos atingir e isso significa, evidentemente, do ponto de vista político, uma derrota", afirmou Rui Tavares aos apoiantes presentes no Teatro Maria Matos, onde o partido acompanhou a noite eleitoral, mas vincando que "uma derrota não envergonha ninguém".
O facto de o L/TDA não eleger nenhum deputado à Assembleia da República é para Rui Tavares um "objectivo que não foi cumprido".
Ao entrar na sala, Rui Tavares foi aplaudido pelos presentes até chegar ao púlpito de onde discursou, tendo terminado a sua intervenção ao som de outra larga salva de palmas.
"Eu, pessoalmente, sinto-me honrado por esta campanha, por esta candidatura e acho que todos vocês também deverão sentir-se honrados por aquilo que fizemos", vincou o candidato.
"O mesmo orgulho que sentimos ao encerrar esta campanha, que sentimos ao fazer os comícios desta campanha, que sentimos em todo o percurso desta campanha, é o orgulho que nos deve levar daqui para a frente", acrescentou.
Rui Tavares considerou, também, que o país continua "numa situação muitíssimo difícil, em crise" e que, "provavelmente, passará agora por uma situação de uma grande indefinição política".
O dirigente salientou, ainda, que é necessário juntar forças à esquerda, tendo felicitado o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) pelos "excelentes resultados", e afirmando poder "contar com estes dois partidos para a transformação do país".
"À esquerda há também sempre uma vontade de mudança e uma vontade de participação que é grande, devemos reflectir, devemos trabalhar em conjunto, devemos esforçar-nos para que essa vontade de mudança se materialize e que seja efectiva em Portugal e na Europa e no futuro", afirmou.
"A luta continua e nós continuamos nela", concluiu Rui Tavares.