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Costa recusa coligação formal com partidos à esquerda

O primeiro-ministro não tem dúvidas: é melhor para a estabilidade do país continuar a governar sozinho, sem ministros vindos do PCP, BE ou PAN.

António Pedro Santos/Lusa
Diogo Barreto - Sábado 28 de Agosto de 2019 às 21:19

O primeiro-ministro português, António Costa, deu esta quarta-feira uma entrevista à TVI, onde afirmou que não procura uma coligação governamental com outros partidos, preferindo manter a solução encontrada em 2015 (governar em minoria, com apoios parlamentares). 

Costa começou por avisar relativamente aos sinais da deterioração da economia internacional, mas assegurando que o Governo tomou precauções para impedir que o país esteja tão exposto a uma crise como em 2011. "Estamos mais preparados para uma nova crise internaciona", garantiu.

"A minha vontade é ter o melhor resultado eleitoral possível, como qualquer líder partidário", disse Costa, fugindo à pergunta sobre a possibilidade de ter um ministro vindo do PCP, Bloco ou mesmo do PAN num próximo Governo.  "O país precisa de manter estabilidade e manter as boas políticas. E uma das chaves da situação política foi cada um ter respeitado a sua identidade, mas ter ficado claro quais as matérias sobre as quais não haveria consenso possível", continuou o primeiro-ministro, afirmando que a solução encontrada em 2015 permitiu uma melhor governabilidade do que na possibilidade de um Governo de coligação.

Costa diz ainda que as coisas não correriam melhor se a solução encontrada fosse diferente, "bem pelo contrário", afastando a hipótese de criar um Governo de coligação, acreditando que a repetição de uma solução como a Geringonça vai permitir manter uma estabilidade no país. "Não vale a pena estragar uma boa amizade com um mau casamento", disse o secretário-geral do PS.

O primeiro-ministro refere também que a formação de Governo será feita "em altura própria", mas que não prevê alterações de fundo, quando questionado se Mário Centeno fará parte do próximo Governo socialista, caso este vença as eleições de outubro, avançando que ainda não falou com o presidente do Eurogrupo sobre este tema. O chefe de Governo relembrou que Centeno é, desde Sousa Franco (ministro do XIII Governo Constitucional), o primeiro ministro das Finanças a fazer um mandato completo.

Segundo Costa, a reposição de rendimentos foi uma das grandes vitórias do seu Governo e que esta reposição foi responsável por "devolver a confiança aos portugueses". Mas esse é um caminho que ainda é preciso continuar a correR: "O salário médio ainda é baixo", lamenta o primeiro-ministro que se congratulou com a devolução do poder de compra aos portugueses e de ter conseguido diminuir "oi desemprego e o número de pessoas precárias".

Quais os objetivos de um próximo Governo do PS? "Melhorar os rendimentos e continuar a dar possibilidade às empresas de crescerem", mas sem deixar o país exposto a uma possível crise internacional, diz o primeiro-ministro.

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