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Marisa Matias recusa lições de Durão Barroso sobre combate ao populismo
A primeira candidata do BE às eleições europeias, Marisa Matias, recusou-se na quarta-feira a aceitar lições de Durão Barroso sobre como combater o populismo uma vez que este fenómeno se alimenta de políticas como as do antigo presidente da Comissão Europeia.
Marisa Matias, no jantar-comício da campanha às europeias do BE, em Leiria, começou o seu discurso por lamentar o acidente rodoviário que envolveu quarta-feira Pedro Santana Lopes e Paulo Sande, do Aliança, deixando os votos de "rápida recuperação" ao líder e cabeça de lista daquele partido.
A cabeça de lista do BE explicou que o dia foi dedicado à memória quando ressurgem na Europa "as sombras do fascismo", instando ao "romper com este modelo de União Europeia" porque "a extrema-direita não se combate com o grande bloco central dos mesmos, com as mesmas políticas, para dar garantia de que tudo ficará exatamente na mesma".
"Durão Barroso andou 10 anos a prometer que regulava o sistema financeiro. Disso não vimos rigorosamente nada. Agora o que vemos é Durão Barroso a dar aulas de como se deve combater o populismo. O populismo alimenta-se e cresce com as políticas iguais às de Durão Barroso", criticou.
Por isso, Marisa Matias rejeitou lições do antigo presidente da Comissão Europeia, que a única coisa que fez durante o seu mandato foi conseguir "chegar ao pior banco do mundo".
"Para combater a extrema-direita o que temos de apresentar é uma alternativa económica e social. A resposta à extrema-direita passa mesmo por mais justiça social. Não é Durão barro0so que nós diz como é que vai ser", atirou.