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Francisco Assis: É possível um consenso de políticas concretas
O cabeça de lista socialista às eleições europeias, Francisco Assis, defendeu hoje, em Coimbra, que é possível criar um consenso em Portugal e de "políticas concretas", criticando os apelos nesse sentido por serem "abstractos".
É hoje "possível, em Portugal, um novo consenso, com políticas sérias e concretas, que respeitem as nossas obrigações europeias", afirmou Francisco Assis, considerando que este consenso não pode abdicar de um "crescimento económico e da manutenção de um Estado social, que não pode ser posto em causa".
O candidato do PS às eleições europeias de 25 de maio salientou que o "apelo ao consenso no abstracto pode ser perigoso e pode deslegitimar a oposição e pôr em causa uma posição crítica".
Francisco Assis recordou o manifesto pela reestruturação da dívida portuguesa assinado por cerca de 70 personalidades e salientou que este documento, que "junta personalidades da esquerda à esquerda do PS até ao centro-direita", reconhece "a necessidade de se contribuir para um consenso político em Portugal".
Segundo o dirigente socialista, foi aplicada "uma austeridade a dobrar" no país, que "não promoveu a economia", sendo necessário "alterar o perfil da estrutura produtiva" e apostar "no investimento público e privado e investir na qualificação das pessoas e na inovação".
Para Francisco Assis, "um dos maiores escândalos dos últimos anos é o desinvestimento no ensino superior e na investigação científica", considerando que, neste plano, a política do Governo "é um elogio da ignorância".
Francisco Assis falava no fórum "Relaunching Europe", promovido pelo grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D) do Parlamento Europeu, que decorre esta tarde no auditório Bissaya Barreto e que será encerrado pelo secretário-geral do PS, António José Seguro.
Na iniciativa participam, entre outros, Hannes Swoboda, líder do S&D, Pervenche Berès, eurodeputada francesa e presidente da Comissão do Emprego e Assuntos Sociais, a eurodeputada do PS Edite Estrela e o ex e o actual secretários gerais da UGT, João Proença e Carlos Silva.