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Europeias: Vencedores e vencidos
António Costa pediu um "voto de confiança" ao trabalho do Governo e recebeu-o. Já Rui Rio e Paulo Rangel não conseguiram nenhum dos objetivos definidos para o PSD, nem aumentaram a votação nem o número de eurodeputados.
Costa ganha referendo ao Governo, Bloco reforça e PAN estreia-se
O secretário-geral socialista fez das europeias um referendo ao Governo e, como tal, saiu vencedor. O PS reforça a representação em Estrasburgo, consegue uma vitória por mais do que o "poucochinho" de 2014, e ganha gás para as legislativas de outubro.
A cabeça de lista bloquista foi a candidata mais empenhada em discutir a Europa e foi premiada por isso. Depois do mau resultado de 2014, Marisa Matias teve uma boa votação nas presidenciais e agora confirma ser uma das figuras de proa do Bloco de Esquerda.
O líder do PAN (a par do cabeça de lista Francisco Guerreiro) é um dos vencedores da noite eleitoral. Depois da estreia na Assembleia da República, agora estreia-se no Parlamento Europeu. Resultado mostra que o PAN tem condições para se afirmar como um dos partidos do sistema.
Rangel perde com empurrão de Rio, CDU e CDS ficam aquém do objetivo
O líder do PSD e o cabeça de lista às europeias saem derrotados. Rui Rio ajudou a quebrar a dinâmica de crescimento nas sondagens com o recuo na crise dos professores. Paulo Rangel foi penalizado por isso e pela campanha demasiado centrada em ataques.
Não sendo um péssimo resultado para a CDU, é mau pois perde um eurodeputado. Mas mais do que uma derrota do recandidato João Ferreira, é do secretário-geral comunista, dado que se confirma a dificuldade do partido em alargar a base eleitoral dado o envelhecimento do eleitorado comunista.
O cabeça de lista do CDS definiu dois objetivos: eleger um segundo eurodeputado e ficar à frente do Bloco e da CDU (a líder Assunção Cristas veio depois clarificar que só a primeira meta contava). Dado que nenhuma das premissas se verificou, Nuno Melo perde em toda a linha nesta terceira candidatura ao Parlamento Europeu.