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Ex-braço direito de Seguro: Vitória do PS "é menos que poucochinho"

António Galamba, antigo dirigente que Costa afastou da lista de deputados, considera que a votação socialista "nem é clara nem grande", lembrando também que 50% das eleições europeias foram ganhas pelo partido no poder.

João Miguel Rodrigues
27 de Maio de 2019 às 10:30
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António Galamba, que foi um dos mais relevantes membros da direção socialista com António José Seguro, destacou que o PS obteve nestas eleições europeias uma margem apenas "ligeiramente superior à vantagem" conseguida há cinco anos pelo anterior secretário-geral – e que na altura António Costa considerou "poucochinha".

 

"A vitória [do PS] não é nem clara nem grande, é menos que poucochinho para quem colocou a fasquia das legislativas na obtenção de uma maioria absoluta", escreveu o ex-dirigente do partido num artigo de opinião publicado no JN esta segunda-feira, 27 de maio, na ressaca da noite eleitoral.

 

De acordo com os resultados oficiais (e quase finais) contabilizados até ao momento, desta vez o PS superou a votação conjunta do PSD e o CDS por 5,26%. Em 2014, aquando da última ida às urnas para escolher os representantes nacionais no Parlamento Europeu, o PS obteve uma vantagem de 3,76% sobre os dois maiores partidos da direita, que então concorreram coligados.

 

O antigo membro da Comissão Política do partido, que se opôs à formação da geringonça e que Costa acabou por afastar das listas de deputados nas últimas legislativas, acrescentou que esta vitória "é também poucochinha porque em 2014 o PS evoluiu de 26,58% para 31,46%", sublinhando que desta vez, com 33,39% dos votos, evolui a um ritmo inferior.

 

Num artigo intitulado "Agora sim, o poucochinho voltou", António Galamba parece também desvalorizar o facto de, pela primeira vez nos últimos 20 anos – António Guterres, em 1999, tinha sido o último a consegui-lo –, o partido que está no Governo vencer as Europeias, preferindo recuar mais anos para ter o retrato histórico completo. "Esta é a quarta vez em oito eleições que quem está no poder ganha umas Europeias", frisa, em referência às duas vezes que Cavaco Silva também o conseguiu, em 1987 e 1989.

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